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AtualizadoQua, 27 Mar 2024 5pm

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Daichii Sankyo

 

56ª ASTRO

Radioterapia hipofracionada e qualidade de vida no câncer de próstata

Nota4_ESTRO_Radiotherapy_2_OK.jpgDe acordo com uma pesquisa apresentada na 56ª ASTRO, pacientes com câncer de próstata que receberam radioterapia (RT) hipofracionada (HPFX) relataram que sua qualidade de vida, bem como a função da bexiga e do intestino, estão em níveis semelhantes antes e após a RT. 

Além disso, resultados paralelos de qualidade de vida ocorreram entre os grupos de pacientes que receberam diferentes regimes de radioterapia hipofracionada. HPFX RT é a terapia na qual a dose total de radiação é dividida em grandes doses e administrada durante um período de tempo mais curto (menor número de dias ou semanas) do que o padrão RT.

O estudo de fase I/II envolveu 343 pacientes com câncer de próstata de baixo a médio risco, de cinco instituições, acompanhados entre 2002-2010 para avaliar a eficácia de HPFX RT, bem como a tolerância ao tratamento.

Todos os pacientes receberam a terapia de radiação de intensidade modulada (IMRT) para a próstata e a base das vesículas seminais. IMRT é uma radioterapia avançada de alta precisão que utiliza técnicas de imagens guiadas para entregar doses bem definidas de radiação para um tumor ou áreas específicas dentro do tumor, minimizando a radiação para os tecidos circundantes.

Os pacientes foram divididos em três grupos com base no calendário de doses por fração (a quantidade de radiação administrada durante cada sessão de RT). Pesquisadores calcularam e desenharam três regimes HPFX diferentes na esperança de que cada um pudesse alcançar controle semelhante da doença e oferecer efeitos secundários mínimos aos pacientes.

Os níveis de HPFX do grupo 1 foram 64,7 Gy no total, com 22 doses de 2,94 Gy cada. No grupo 2 os níveis de HPFX foram 58,08 Gy no total, com 16 doses de 3,63 Gy cada; e no grupo 3 os níveis de HPFX foram 51,6 Gy no total, com 12 doses de 4,3 Gy cada.

Os pesquisadores avaliaram o impacto que cada regime de tratamento teve sobre a qualidade de vida dos pacientes. Todos os pacientes completaram três questionários de qualidade de vida no início do estudo e responderam outros,anualmente, por até três anos após o tratamento. A pesquisa avaliou a bexiga, intestino e a função sexual, e incluiu o questionário de toxicidade Fox Chase Intestino/Bexiga, o SpitzerQuality of Life Index (SQLI), além do questionário do Índice Internacional de Função Erétil (IIEF).

A análise do paciente sobre o intestino em três anos não revelou nenhuma diferença significativa na pontuação no pré e pós-tratamento. Além disso, houve pouca diferença nos resultados de qualidade de vida entre os três grupos. De uma pontuação máxima de 100, os escores foram 86,3 para o Grupo 1; 87,7 para o Grupo 2; e 85,4 para o grupo 3 (p=0,469).

Da mesma forma, os dados de qualidade de vida em relação à função da bexiga em três anos de seguimento foram comparáveis entre os três grupos. De uma pontuação máxima de 100, os escores foram de 79,5 para o Grupo 1; 82,5 para o Grupo 2 e 81,1 para o Grupo 3 (p=0,343).

Os dados Spitzer Quality of Life Index (SQLI), que têm uma variação de 0-10, revelaram pontuações excelentes e semelhantes em três anos; 9,5 para o grupo 1; 9,8 para o Grupo 2 e 9,5 para o Grupo 3 (p=0,188). Dados sobre a função sexual também não revelaram diferença significativa entre os níveis HPFX em três anos pós-tratamento quando se avalia a função erétil (p=0,07), função orgástica (p=0,078), desejo sexual (p=0,231), satisfação na relação sexual (p=0,354) e satisfação global (p=0,191).Todas as medidas, exceto satisfação na relação sexual, foram significativamente piores em três anos quando comparadas ao início do estudo nos três grupos de tratamento.

"Esses resultados contribuirão de forma significativa para a compreensão sistemática do hipofracionamento no câncer de próstata", disse o principal autor do estudo, Jeffrey V. Brower, residente de radiação oncológica no Hospital das Clínicas da Universidade de Wisconsin. "Ficamos satisfeitos com as mudanças mínimas observadas nos participantes entre o início do estudo e após a radiação hipofracionada”.

Os resultados das diferenças estatisticamente não significativas observadas na comparação entre os regimes de hipofracionamento foram fruto do trabalho prévio de calcular doses "equivalentes" e prever toxicidades tardias. “Especificamente no que diz respeito aos resultados de qualidade de vida relatados pelo paciente, nossa pesquisa pode ajudar em uma mudança de paradigma contínua sobre o papel do hipofracionamento no tratamento de câncer de próstata, resultando em tempos de tratamento mais curtos e melhor qualidade de vida para os nossos pacientes", finalizou.

 
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