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AtualizadoTer, 23 Abr 2024 1pm

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Daichii Sankyo

 

56ª ASTRO

Tratamentos agressivos mostram aumento de sobrevida no câncer de pulmão de baixo risco

Nota4_ESTRO_Radiotherapy_1_NET_OK.jpgUma pesquisa apresentada no 56ª Congresso da ASTRO realizou uma grande análise internacional de pacientes com estadio IV de câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC). Os resultados indicam que a taxa de sobrevida global (SG) de um paciente pode estar relacionada a fatores como o momento em que as metástases se desenvolvem e o envolvimento de gânglios linfáticos, e que o tratamento agressivo para os pacientes de baixo risco leva a uma taxa de sobrevida em cinco anos de 47,8%.

Quando o câncer de pulmão é classificado como metastático (estadio IV), o objetivo do tratamento é diminuir a progressão do tumor com quimioterapia ou radioterapia, mas a sobrevida é geralmente limitada a alguns meses. No entanto, quando há apenas alguns locais de câncer de pulmão metastático (chamado de oligo-metastático), estudos sugerem que remover ou erradicar cada um desses depósitos de câncer com tratamentos agressivos, como cirurgia ou altas doses de radioterapia estereotáxica ablativa, pode ajudar no controle da doença por um longo período de tempo.

A fim de estudar os possíveis benefícios de tratamentos agressivos no câncer de pulmão, uma meta-análise avaliou dados de 757 pacientes com estadio IV com CPNPC de 20 hospitais em todo o mundo que tiveram entre um e cinco depósitos metastáticos removidos cirurgicamente ou erradicados com altas doses de radioterapia. Os pacientes do estudo também tinham recebido um tratamento agressivo no tumor original.

A intenção do estudo foi determinar o tempo de sobrevida de longo prazo após o tratamento agressivo de óligo-metástases e propor um esquema de classificação de risco que poderia ser utilizado para identificar quais pacientes tratados são mais suscetíveis de se beneficiar de tratamentos agressivos.

A análise determinou que os fatores que influenciaram a sobrevida global dos pacientes incluíram o momento em que as metástases surgiram, isto é, se apareceram simultaneamente ao câncer de pulmão original (síncrono) ou após o câncer de pulmão original (metacrônico); se os gânglios linfáticos no peito estavam envolvidos (N-fase), e o tipo de câncer de pulmão (adenocarcinoma vs outros tipos).

O estudo identificou três grupos de risco: 1) pacientes de baixo risco (146), que sobreviveram por mais tempo, foram aqueles com metástases metacrônicas, com uma sobrevida global de 47,8% em cinco anos; 2) pacientes de risco intermediário (201) – aqueles com metástases síncronas e nenhuma evidência de linfonodos envolvidos no peito, com uma sobrevida global de 36,2% em 5 anos; e 3) pacientes de alto risco (184), ou com pior sobrevida, foram os que tiveram metástases síncronas e evidência de envolvimento de gânglios linfáticos no peito, que tiveram uma sobrevida global de 13,8% em cinco anos.
O estudo constatou ainda que apesar de receber tratamentos agressivos, mais da metade dos pacientes evoluiu em áreas previamente tratadas ou desenvolveu novos locais de doença após um ano de tratamento.

“Nosso estudo descobriu que alguns pacientes com estadio IV de CPNPC podem alcançar a sobrevida a longo prazo após tratamentos agressivos. É importante notar que os pacientes deste estudo são uma minoria - mais jovens, mais aptos fisicamente, com um peso mais baixo e ritmo mais lento da doença do que a média dos pacientes em estadio IV ", disse o líder do estudo Allison Ashworth, radioterapeuta que completou o estudo como parte de sua formação no London Health Sciences Centre na Western University, em Londres, Ontario.

"Esperamos que os resultados de nosso estudo ajudem a determinar quais pacientes em estadio IV de CPNPC têm maior probabilidade de se beneficiar de tratamentos agressivos. Igualmente importante é identificar os pacientes com maior probabilidade de falhas, poupando-os de tratamentos fúteis e potencialmente prejudiciais”, acrescentou Ashworth.

A pesquisa, no entanto, não tem elementos para afirmar se o ganho de sobrevida se deve aos tratamentos ou simplesmente porque estes pacientes têm a doença menos agressiva. “Temos de aguardar os resultados dos ensaios clínicos randomizados para responder a esta pergunta. Nesse meio tempo, nossa esperança é de que o estudo ajude especialistas em câncer na tomada de decisões de tratamento e no desenvolvimento de ensaios clínicos", afirmou.

Referência: https://www.astro.org/News-and-Media/News-Releases/2014/Analysis-finds-select-group-of-stage-IV-lung-cancer-patient-population-achieves-long-term-survival-after-aggressive-treatments.aspx

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