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AtualizadoQua, 17 Abr 2024 9pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2014

SUS tem disparidades na mortalidade por câncer do SNC

Met__stases_Cerebrais_News_OK.jpgUm levantamento realizado pelo recém-inaugurado HCorOnco a partir da base de dados do DataSUS mostrou que o sistema público de saúde no Brasil apresenta grandes disparidades regionais na mortalidade por cirurgias de câncer do sistema nervoso central (cérebro e medula espinhal). O estudo foi apresentado em poster na reunião anual da ASCO pelos oncologistas Lucíola Pontes e Gilberto Lopes, Coordenador do HCorOnco.

Foram analisadas 57.361 internações hospitalares, com uma taxa de mortalidade de 7,11%, maior do que a esperada em comparação à Europa e aos Estados Unidos. “São regiões com mortalidade menor que 5% na cirurgia de tumores do sistema nervoso central. No Brasil, a média foi de 7%”, diz Lopes.

Apesar de superiores às taxas encontradas na literatura, os resultados foram melhores no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com mortalidade de 6% a 7%, e piores no Nordeste (8%) e Norte (13%). O tempo médio de internação foi maior na região norte: 20 dias, enquanto a média nacional é de 14 dias. O custo total foi de aproximadamente US$ 108 milhões e o custo médio por internação de quase US$ 2 mil.

Além de demonstrar que a mortalidade por cirurgia é maior no Norte e Nordeste do país, o estudo apresentou correlações importantes. “Os locais que fizeram mais procedimentos tiveram mortalidade menor, e o PIB per capita e a população do estado também estão correlacionados, ou seja, os estados mais populosos e com maior PIB per capita também tiveram menor mortalidade”, explica Lopes.

Agora, a próxima etapa da pesquisa é para compreender as razões de tanta diferença. Uma das hipóteses é a demora dos pacientes em procurar atendimento, iniciando o tratamento com a doença mais avançada. Outra é a falta de equipamentos e procedimentos necessários para realizar esse tipo de cirurgia. “Mas tudo isso é especulação”, explica o oncologista. “Precisamos dar seguimento a esse estudo para entender as causas dessas diferenças, e assim melhorar a qualidade do atendimento de pacientes com tumores do sistema nervoso central atendidos pelo SUS”, diz o especialista.

 
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