1º Simpósio GTG

Atualização em GIST

O oncologista Gustavo Buscacio, da equipe clínica do COI (Clínicas Oncológicas Integradas) participou do I Simpósio Internacional do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais e falou com exclusividade ao Onconews sobre diagnóstico e tratamento do GIST, sigla em inglês para Tumor Estromal Gastrointestinal (GIST).

Os principais estudos são relacionados ao tratamento de GIST na doença metastática e o imatinibe há muito tempo é bem estabelecido como tratamento de primeira linha em GIST avançado. Naqueles pacientes que evoluem com progressão de doença e são refratários à primeira linha, a segunda linha é bem estabelecida com sunitinibe. São drogas inibidores de tirosina-quinase. Na terceira linha, a recomendação mais recente é o uso do regorafenibe, a partir do estudo GRID, publicado em 2013, que demonstrou o papel do regorafenibe em pacientes de GIST refratários às demais linhas de tratamento.

Também no cenário da doença refratária, novos agentes têm sido testados. São medicamentos como nilotinibe, sorafenibe e dasatinibe, por exemplo, avaliados no GIST metastático para pacientes politratados,mas até agora não há dados mais robustos com evidências para a utilização dessas drogas no tratamento do GIST avançado.

A cirurgia continua como tratamento padrão para a doença localizada e o uso de imatinibe em pacientes com alto risco de recidiva é bem estabelecido, com estudos que demonstram a importância de três anos de tratamento adjuvante. Para a classificação de risco, a localização do tumor, o índice mitótico e o tamanho do tumor são os principais critérios considerados.

A classificação molecular não é rotina nos centros brasileiros, mas dados da literatura mostram que existem respostas diferentes entre os diferentes tipos moleculares de GIST. A mutação exon 11 tende a apresentar resposta superior ao tratamento com imatinibe em relação aos exon 9, por exemplo.
Os mecanismos de resistência ao imatinibe ainda são uma realidade e persistem como um desafio.