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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO GI 2015

TRIBE: FOLFOXIRI mostra superioridade

Colorretal_OK.jpgResultados atualizados do estudo TRIBE indicam que o uso de FOLFOXIRI em combinação com bevacizumabe (BEV) em pacientes com câncer colorretal metastático duplicou as taxas de sobrevida em cinco anos na comparação com FOLFIRI no tratamento de primeira linha da doença metastática.

Os dados do TRIBE confirmam os resultados anteriores do grupo italiano de pesquisa (GONO) e mostram um avanço sem precedentes no manejo do câncer colorretal metastático. "Esta nova abordagem oferece benefício substancial de sobrevida, mesmo para pacientes com prognóstico bastante desfavorável. É um avanço notável no tratamento da doença ", disse a oncologista Chiara Cremolini, do Instituto Toscano dei Tumori (ITT). "Acreditamos que nossos resultados irão incentivar os médicos a adotar o regime FOLFOXIRI com bevacizumabe como terapia inicial", diz a pesquisadora.
 
Segundo o oncologista do Instituto de Câncer Mãe de Deus, Gabriel Prolla, os resultados do estudo TRIBE já eram esperados pois já havia uma tendência de melhora na sobrevida global nas apresentações anteriores do estudo. “Já se sabia que a exposição às três drogas quimioterápicas (fluorouracil, irinotecano e oxaliplatina) ao longo do curso da doença resulta nos melhores resultados”, afirma Prolla. Ele explica que como nem todos pacientes que iniciaram com fluoruracil e irinotecano receberam oxaliplatina ao longo do curso da doença, isto pode ter resultado no ganho de sobrevida visto no estudo.
 
Os regimes de quimioterapia mais amplamente utilizado para tratamento de primeira linha de câncer colorretal são FOLFOX (ácido folínico [leucovorina], fluorouracil [5-FU], oxaliplatina) e FOLFIRI (ácido folínico, fluorouracil, e irinotecano). FOLFOXIRI contém oxaliplatina, além dos dois medicamentos citotóxicos contidos no regime FOLFIRI. 

Métodos e Resultados
 

Entre julho de 2008 e maio de 2011, 508 pacientes com câncer colorretal metastático foram aleatoriamente designados para receber a terapia de indução com FOLFIRI (braço A, n=256) ou FOLFOXIRI (braço B, n=252), mais bevacizumabe.  Até seis meses (12 ciclos) de terapia de indução foram planejados, período seguido do tratamento de manutenção com bevacizumabe, até progressão da doença.
 
Os pacientes foram acompanhados por um período médio de 48,1 meses. A sobrevida global mediana foi significativamente superior no braço FOLFOXIRI + BEV (29,8 vs. 25,8 meses, HR=0.80, 95% CI, 0.65-0.98, p=0.030). Na estimativa de sobrevida em cinco anos o braço FOLFOXIRI confirmou superioridade: um em cada quatro pacientes (24,9%) no grupo versus um em cada oito pacientes (12,4%) no grupo FOLFIRI.
 
Cerca de 80% dos pacientes tinham metástases hepáticas sem indicação cirúrgica, mas um subgrupo de pacientes ficou apto a se submeter à cirurgia (15% no grupo FOLFOXIRI +BEV e  12% no braço FOLFIRI+BEV).
Apesar dos autores afirmarem que não houve aumento significativo dos efeitos adversos graves do FOLFOXIRI em comparação com FOLFIRI, o oncologista Rui Fernando Weschenfelder, do Centro de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, acredita que a toxicidade pode ser um limitante para implementação deste esquema na prática clínica. “A toxicidade faz com que esta combinação seja reservada para uma minoria de pacientes que necessitam de maior taxa de resposta ao momento do diagnóstico”, explica.
 
Prolla concorda que o esquema FOLFOXIRI e bevacizumabe deve ser utilizado com reservas, por conta da toxicidade. “Este esquema já é utilizado na prática clínica, mas geralmente reservado para pacientes mais jovens, em excelente estado geral e que estão necessitando que o tumor tenha uma diminuição significativa para cirurgia com intenção curativa ou para uma melhora sintomática. Pacientes com poucos sintomas e sem chance de cirurgia curativa provavelmente são melhor tratados com o uso sequencial das drogas ao invés de receberam todas drogas juntas desde o início”, diz.
 
Outros ensaios de fase II em andamento, como os estudos MACBETH e MOMA, também exploram estratégias para o câncer colorretal metastático, em novas combinações ou com a estratégia de prolongar o tempo da terapia antiangiogênica.
 
Informações do ensaio clínico: NCT00719797
 
Referências:
FOLFOXIRI plus bevacizumab (bev) versus FOLFIRI plus bev as first-line treatment of metastatic colorectal cancer (mCRC): Updated survival results of the phase III TRIBE trial by the GONO group.
http://abstracts.asco.org/158/AbstView_158_139397.html
 

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