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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Imunoterapia em câncer renal

Fabio_Schutz.jpgA moderna imunoterapia mostra novos dados em pacientes com carcinoma de células renais (CCR) previamente tratados. Além de resultados de longo prazo do CHECKMATE-025 com o anti PD-1 nivolumabe (Abstr #4509), a ASCO 2016 trouxe resultados de longo prazo dos estudos de fase I CA 209-003 e de fase II CA 209-010 (Abstr #4507) que mostraram benefícios de sobrevida no CCR avançado, com perfil de segurança consistente com dados já conhecidos. O oncologista Fábio Schutz (foto), do Centro Oncológico Antonio Ermírio de Moraes, comenta os resultados.

Mais de um terço (34%) dos pacientes com carcinoma de células renais avançado tratados com nivolumabe estavam vivos em cinco anos no estudo de fase I, que avaliou 34 pacientes. Após um seguimento de 50,5 meses, a taxa de resposta objetiva (ORR) foi de 29% e a mediana de duração de resposta foi de 12,9 meses. As taxas de sobrevida global aos 3 anos foram de 41%. No ensaio de fase II (n=167) 29% dos pacientes tratados com o anti PD-1 estavam vivos em quatro anos. Em um seguimento mínimo de 38 meses, a taxa de resposta global foi de 21%, com duração mediana de 22 meses.
 
O perfil de segurança a longo prazo foi consistente com dados já relatados anteriormente, após mais de quatro anos de follow-up.
 
“Nesse momento, não há evidências de fatores preditivos de resposta para a seleção de pacientes a partir da expressão de PD-1/PD-L1. Tanto aqueles com expressão alta de PD-L1 quanto aqueles com expressão baixa se beneficiaram igualmente da imunoterapia com nivolumabe”, explica Fábio Schutz. “São resultados preliminares, porque estudos determinantes de fase III estão em andamento, mas os dados iniciais são encorajadores. Estudos que avaliam esquemas combinados de imunoterapias também mostram que a combinação de nivolumabe e ipilimumabe tem sido bastante ativa, mais até do que nivolumabede forma isolada e também superior às drogas-alvo inibidores de VEGFR, como sunitinibe ou pazopanibe. Esperamos que os resultados de estudos randomizados possam trazer maior sobrevida aos pacientes”, diz.
 
Qualidade de vida
 
O estudo pivotal de fase III CHECKMATE-025 apresentou na ASCO análises adicionais, com dados de qualidade de vida.
 
CHECKMATE-025 é um estudo aberto, randomizado, de fase III que avaliou nivolumabe contra everolimus em pacientes com câncer renal, após tratamento com antiangiogênico.
 
Os pacientes foram distribuídos aleatoriamente para receber nivo (N = 410) na dose de 3 mg / kg por via intravenosa a cada duas semanas, ou everolimus (N = 411) na dose de 10 mg administrado oralmente uma vez por dia. O endpoint primário do estudo foi sobrevida global (SG). Os desfechos secundários incluem taxa de resposta objetiva (ORR), sobrevida livre de progressão (SLP), qualidade de vida (QV) e segurança relatados pelos pacientes.
 
Os dados apresentados na ASCO 2016 mostram que 55,4% dos pacientes tratados com o anti PD-1 experimentaram melhoria clinicamente significativa, contra 36,7% dos doentes tratados com everolimus (HR = 1,66 [IC 95%: 1,33-2,08; p <0,001]).

“Nessa nova classe terapêutica os eventos adversos são imuno-relacionados, mas plenamente manejáveis”, completa Schutz.
 
Referências: Long-term overall survival (OS) with nivolumab in previously treated patients with advanced renal cell carcinoma (aRCC) from phase I and II studies - J ClinOncol 34, 2016 (suppl; abstr 4507)

Treatment beyond progression with nivolumab (nivo) in patients (pts) with advanced renal cell carcinoma (aRCC) in the phase III CheckMate 025 study - J ClinOncol 34, 2016 (suppl; abstr 4509)

 

 

 

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