Imuno-histoquímica PD-L1 em ​​câncer de pulmão

Microscopio_2_NET_OK.jpgPesquisadores franceses selecionaram várias análises de imuno-histoquímica disponíveis para avaliar a expressão de PD-L1 e compararam sua eficácia com os testes desenvolvidos em laboratório (LDT, do inglês laboratory-developed tests. Os resultados do estudo foram apresentados dia 7 de dezembro na 17ª Conferência Mundial de Câncer de Pulmão, por Julien Adam, do Gustave Roussy Cancer Center.

Diversos estudos compararam quatro análises LDT a partir de plataformas dedicadas (22C3, 28-8, SP142, SP263). Para comparar esses testes com as análises aplicadas hoje e validá-los para utilização em larga escala nas plataformas de IHQ disponíveis, Adam e colegas de outros seis centros na Françacompararam as análises Dako (22C3, 28-8) e Ventana (SP263) com os testes LDT.
 
Foram avaliados 41 espécimes de câncer de pulmão não pequenas células usando IHC com cinco clones anti-PD-L1 (28-8, 22C3, E1L3N, SP142 e SP263), a partir das várias plataformas disponíveis (Ventana BenchMark Ultra, Leica Bond ou Dako Autostainer Link 48).
 
Para correlacionar essas plataformas às análises LDT de PD-L1, Dako ou Ventana foram testadas com clones 22C3, 28-8 e SP263. Um total de 35 colorações PD-L1 (8 com colorações PD-L1 disponíveis e 28 com testes independentes) foram avaliadas entre as diferentes plataformas.
 
Resultados
 
Os resultados mostraram que as análises 28-8, 22C3 e SP263 foram altamente concordantes na coloração de células tumorais. Nas análises LDT, a concordância foi observada em 51,8% dos testes, demonstrando concordância similar às três análises disponíveis. O teste LDT com o clone SP263 obteve o mais alto grau de concordância entre todas as plataformas.  
 
 "Os ensaios 28-8, 22C3 e SP263 mostraram resultados comparáveis ​​para a coloração das células tumorais, assim como metade (51,8%) dos testes desenvolvidos em laboratório usando clones 28-8, 22C3, SP263 e E1L3N", disse Adam. "Esses resultados indicam que o LDT pode ser uma opção para o teste PD-L1, mas é preciso cautela para validar e continuar a usar esses testes", enfatizou o pesquisador
 
A imuno-histoquímica (IHQ) PD-L1 é considerada um biomarcador preditivo para a maioria das terapias anti-PD-1 / PDL-1 em câncer de pulmão não pequenas células. Encontrar um teste capaz de prever de forma precisa e consistente o status de PD-L1 é uma necessidade na oncologia para que patologistas e clínicos possam selecionar quais pacientes se beneficiarão da imunoterapia.