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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO 2017

KEYNOTE-028: pembrolizumabe em TNEs pancreáticos ou carcinoides

GTG VERTICAL NET OKOs resultados das coortes de tumores carcinoides e pNET do estudo multicoorte de fase 1b KEYNOTE-028 (NCT02054806), que avaliou o segurança e eficácia do pembrolizumabe em pacientes com tumores sólidos avançados PD-L1-positivos, foram apresentados na ESMO 2017, em Madri. A oncologista Rachel Riechelmann, diretora científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e diretora do Departamento de Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center, comenta o estudo.

 

O KEYNOTE-028 incluiu pacientes com tumores carcinoides ou TNEs bem ou moderadamente diferenciados, positivos para PD-L1 (PD-L1 ≥1%), performance status ECOG ≤1 e que falharam ou eram intolerantes à terapia padrão.

O pembrolizumabe foi administrado a 10 mg/kg a cada 2 semanas por até 2 anos ou até a progressão confirmada, toxicidade inaceitável ou retirada do consentimento. O endpoint primário foi a taxa de resposta objetiva (ORR) por RECIST v1.1 pela revisão do investigador. A resposta foi avaliada a cada 8 semanas nos primeiros 6 meses e, posteriormente, a cada 12 semanas.

De 170 pacientes com tumores carcinoides e amostras tumorais disponíveis, 35 (20%) tinham tumores PD-L1 positivos; entre 106 pacientes com amostras tumorais avaliáveis para detecção de PD-L1, 26 (24%) pNETs foram positivos. Destes, 16 pacientes de pNET e 25 com tumores carcinoides (pulmão: 9; intestino: 7; outros sítios tumorais: 9) foram elegíveis. A média de idade dos pacientes foi 61 anos nos pacientes com tumores neuroendócrinos e 63 anos em pacientes com tumores carcinoides. Metade dos pacientes com pNET e 44% daqueles com carcinoides receberam ≥2 terapias anteriores para doença metastática.

A mediana de acompanhamento foi de 20,1 meses (intervalo 4,5 a 30,4) na coorte pNET e 18,9 meses (intervalo de 2,0 a 33,3) na coorte carcinoide.

Resultados

As respostas objetivas foram observadas em um paciente (6%) com pNET (95% IC 0- 30%) e em 3 (12%) dos pacientes com tumores carcinoides (95% IC 3%-31%). Quatorze (88%) pacientes com pNET e 15 (60%) pacientes com tumores carcinoides atingiram doença estável. Entre os pacientes que responderam, as durações da resposta foram de 20,3 meses para pNET e em tumores carcinoides foram de 9,2 meses.

Os eventos adversos relacionados ao tratamento (TRAEs) foram semelhantes a outros estudos com pembrolizumabe.

Os autores concluíram que em pacientes com tumores carcinoides/pNET pré-tratados, o pembrolizumabe foi bem tolerado e, em alguns pacientes, forneceu atividade antitumoral clinicamente significativa.

Segundo a oncologista Rachel Riechelmann (foto), diretora científica do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG) e diretora do Departamento de Oncologia do A.C.Camargo Cancer Center, em semelhança a tantos outros estudos com inibidores de checkpoint em pacientes com diferentes tumores sólidos, os resultados globais de pembro em TNE bem diferenciados foi modesto. “Porém, assim como em outros tumores, a seleção de pacientes com subgrupos de canceres imunogênicos é determinante para que os inibidores de checkpoint sejam clinicamente eficazes. Um exemplo é o ótimo resultado de pembrolizumabe em pacientes portadores de tumores com instabilidade de microssatélites. Nas coortes de TNE do estudo KEYNOTE-028, claramente observamos um grupo de pacientes que se beneficiou do tratamento”, afirmou Riechelmann.

A especialista observou que na mesma sessão da ESMO, um estudo que avaliou a imunogenicidade dos TNE demonstrou que o subgrupo molecular MLP (metastatic-like phenotype) em pNET está associado a maior expressão gênica de genes relacionados a imunidade, maior infiltrado de linfócitos B, T, Tregs e macrófagos (Young, ESMO 2017); além disso, em tumores de alto grau, instabilidade de microssatélites foi encontrada em até 10% dos casos (Girardi D., Riechelmann RP. Can Treat Rev 2017). “Desta forma, estudos clínicos com seleção de subgrupos de pacientes com tumores “imunogênicos” são muito importantes para guiar o tratamento com inibidores de checkpoint em pacientes com TNE”, conclui.

O estudo foi financiado pela Merck & Co., Inc., e está registrado em clinicaltrials.gov, NCT02054806.

Referência: 427O Pembrolizumab for patients with PD-L1–positive advanced carcinoid or pancreatic neuroendocrine tumors: Results from the KEYNOTE-028 study - J.M. Mehnert et al

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