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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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ESMO 2018

A abordagem axilar mínima leva à perda de fatores prognósticos no câncer de mama?

Rogério Araújo 1 POSTER ESMO NET OKPôster apresentado no Congresso da ESMO 2018 pelo oncologista Rogério Agenor de Araújo (foto), do Centro Oncológico do Triângulo (COT), investigou a associação do tamanho do tumor (T) e comprometimento linfonodal (N) com metástases em pacientes com câncer de mama atendidos em um hospital público de Minas Gerais.

Em um estudo observacional e retrospectivo, um total de 1671 registros médicos de mulheres com câncer de mama tratadas entre 1981 e 2013 foram analisados, dos quais 797 foram excluídos por falta de dados patológicos ou por diagnóstico em estádio avançado. Teste exato de Fisher ou v2 foram realizados.

Resultados

Como esperado, a positividade da metástase linfonodal aumentou com o tamanho do tumor: dos pacientes com Tis, 5,55% foram N þ (3,7% N1, 1,85 N2); de T1, 25,29% eram N þ (21,01% N1, 4,28% N2); de T2, 51,45% eram N þ (37,21% N1; 9,88% N2; 4,36% N3); de T3, 77,05% eram N þ (55,74% N1; 18,03% N2; 3,28% N3); e de T4, 80% eram N þ (48,57% N1; 17,14% N2; 14,29% N3).

Quando analisados por T, observou-se diminuição das chances de metástase em Tis (OR = 0,3435; p = 0,0197) e T1 (OR = 0,3805; p <0,0001), enquanto maior chance em T2 (OR = 1,469; p = 0,0364), T3 (OR = 2,114; p = 0,0081) e T4 (OR = 4,222; p <0,0001).

Quando analisados por N, observou-se diminuição da chance de metástase em N0 (OR = 0,1587; p <0,0001) e aumento da chance em N1 (OR = 2,56; p <0,0001), N2 (OR = 3,703; p <0,0001) e N3 (OR = 4,328; p = 0,0002).

No geral, Nþ teve um aumento da chance de metástase quando comparado com pacientes N- (OR = 6,31; p <0,0001). Chances aumentadas apenas em T1N þ (OR = 9,49; p <0,0001) e T2N þ (OR = 3,557; p <0,0001) foram observadas quando comparadas com suas contrapartes N. Além disso, um aumento limítrofe no odds (OR = 3,667; p = 0,0533) foi observado no T1N2 comparado com o T1N1, mas não em pacientes T2 (p = 0,9190) ou T3 (p = 0,4639).

Em conclusão, o estudo mostrou que o comprometimento linfonodal (N) é um fator de risco maior para metástase do que o tamanho do tumor (T). A terapia adjuvante baseia-se no subtipo T, N e molecular. Na abordagem axilar mínima pelo linfonodo sentinela (LS), a análise patológica dessa amostra única, e talvez incluindo dois outros linfonodos, tem um grande peso prognóstico, principalmente no estágio inicial. “Esses dados corroboram a falta de necessidade de dividir, como antigamente, os 12 ou mais linfonodos dissecados em uma axila clinicamente negativa”, observa Rogério.

Referência: 1915P Does the minimal axillary approach lead to loss of prognostic factors in breast cancer? R.A. de Araujo1 , C.P. Nascimento2 , C.L.P. Da Cunha2 , E.D.C. Marinho2 , E.R.T. Mosca2 , F.A.C. Da Luz2 , P.F.R. Delfino2 , R.M. Antonioli2 , T.R. Mendes2 , M.J.B. Silva3 1 Oncologia Clınica, COT - Centro Oncologico do Triangulo, Uberlandia, Brazil, 2 Hospital do Cancer em Uberlandia, Universidade Federal de Uberlandia, Uberlandia, Brazil, 3 Instituto de Ciencias Biomedicas, Universidade Federal de Uberlandia, Uberlandia, Brazil

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