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ESMO 2019

Risco de quedas e fraturas em pacientes com câncer de próstata tratados com novos agentes hormonais

schutz rodrigo galdino esmo2019 bxUma metanálise de ensaios clínicos randomizados realizada por pesquisadores da BP- A Beneficência Portuguesa de São Paulo, buscou caracterizar a incidência e os riscos relativos (RR) de quedas e fraturas em pacientes com câncer de próstata resistente à castração tratados com novos agentes hormonais. Apresentado por Rodrigo Mariano (na foto, à esquerda) e Ana Cláudia Galdino na sessão de pôster do ESMO 2019, o trabalho teve o oncologista Fábio Schutz como autor sênior.

Novos agentes hormonais (NHA) têm sido amplamente utilizados para tratar pacientes com câncer de próstata resistente à castração (CRPC) metastático e não metastático. Entre os agentes aprovados pela FDA estão abiraterona, enzalutamida e apalutamida. Quedas e fraturas são eventos adversos comuns (EAs) observados nesses pacientes devido à privação de androgênio à longo prazo.

Métodos e resultados

Os autores pesquisaram artigos publicados entre 2005 e 2018 na PubMed, Cohrane e Embase, além de resumos apresentados na reunião anual da ASCO e ESMO. Os estudos elegíveis incluíram ensaios clínicos randomizados de fase II e III de abiraterona, enzalutamida e apalutamida. O perfil de segurança dos estudos selecionados foi avaliado para quedas e fraturas de todos os graus e de alto grau. Um resumo das incidências e riscos relativos, com intervalos de confiança de 95%, de eventos de todos os graus e de alto grau foram calculados usando o modelo de efeitos aleatórios ou efeitos fixos, com base na heterogeneidade dos estudos selecionados.

Cinco ensaios clínicos randomizados com perfil de segurança adequado relatando quedas e fraturas foram selecionados e incluíram um total de 6.695 pacientes; destes, 2,5 mil pacientes receberam placebo/controle e 4.195 pacientes receberam novos agentes hormonais. A incidência de quedas de todos os graus no braço de controle e no braço dos agentes hormonais foi de 5% e 10%, respectivamente.

Houve um aumento significativo no risco de quedas de todos os graus e de alto grau com risco relativo de 2,02 (IC 95% 1,66-2,45; p <0,0001) e 2,10 (IC 95% 1,11-3,99; p = 0,0226), respectivamente.

A incidência de fraturas de todos graus e de alto grau foi de 3% e 1% no braço controle e de 8,0% e 2,0% no braço NHA, respectivamente. Houve um aumento significativo no risco de fraturas de todos os graus e de alto grau com risco relativo de 2,30 (IC 95% 1,77-2,99; p <0,0001) e 2,11 (IC 95% 1,18-3,74; p = 0,0111), respectivamente.

“Os novos agentes hormonais estão associados a um maior risco de quedas e fraturas em comparação com o placebo. No entanto, isso deve ser interpretado com cautela, uma vez que o tempo total de observação nos braços de NHA geralmente era maior que o do placebo”, observam os autores. “Não foi possível investigar os mecanismos envolvidos nesses eventos adversos, mas especulamos que um efeito no equilíbrio (isto é, sistema nervoso central) ou fadiga/sarcopenia secundária à profunda privação de androgênio possa desempenhar um papel. Além disso, as fraturas na população de pacientes com CRPC podem afetar a qualidade de vida e a mortalidade”, concluem.

Referência: 858P - Risk of falls and fractures in patients with castration resistant prostate câncer (CRPC) treated with new hormonal agents: A meta-analysis of randomized controlled trials - Mariano, RC; Galdino, ACS; Gomes, LM; Oliveira, CZ; Almeida, DV; Maluf, FC; De Velasco G; Schutz, FA.

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