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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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II Semana Brasileira da Oncologia

Novidades em terapia adjuvante para pacientes com CPNPC e doença inicial

santini semana bxO oncologista Fernando Santini (foto), do Hospital Sírio-Libanês, discutiu questões que estão na fronteira da oncologia torácica, como a imunoterapia e terapias-alvo no tratamento adjuvante, além de DNA tumoral circulante como marcador prognóstico. “Provavelmente, o tratamento adjuvante fará parte de um grande plano de tratamento peri-operatório”, descreve Santini, que sintetiza em artigo os principais pontos da apresentação na II Semana Brasileira da Oncologia.

A oncologia torácica testemunhou grandes avanços no diagnóstico e tratamento da doença avançada, mas novas formas de tratamento para os pacientes com doença operável representam uma grande necessidade não atendida. Nesses casos, são observadas altas taxas de recaída e redução significativa da sobrevida global mesmo para aqueles pacientes com estágios I e II após cirurgia, quando comparados com outros tumores primários.

O objetivo primordial do tratamento adjuvante é a erradicação de micrometástases, sendo assim, ainda não encontramos um desfecho alternativo à sobrevida global. Dificuldade de recrutamento representa uma das grandes barreiras para o desenvolvimento de estudos clínicos para tratamento peri-operatório em câncer de pulmão não pequenas células (CPNPC), onde a média do tempo de recrutamento dos estudos é de aproximadamente 10 anos.1

Os segredos para melhores resultados no tratamento adjuvante são a melhor seleção dos pacientes e a individualização dos tratamentos. Alguns pacientes estarão curados somente com a cirurgia. Para o restante, é mister desenharmos tratamentos personalizados. Utilização das características clínico-patológicas somente não supre todas as necessidades.

As principais frentes de trabalho são para incorporação da imunoterapia e terapia-alvo nesse cenário. Aguardamos resultados, para os próximos anos, dos diversos estudos de fase III com os bloqueadores de co-receptores imunes. O uso de inibidores de tirosina- quinase nos pacientes com mutação ativadora do gene EGFR, por exemplo, provou aumentar sobrevida livre de progressão, porém ainda sem ganho de sobrevida global.2 Resultados do grande estudo ALCHEMIST que oferece terapia- alvo personalizada para pacientes no pós-operatório vão ajudar a responder todas essas perguntas.3

O uso de novas técnicas como detecção de doença residual mínima, através do DNA tumoral circulante, são um bom marcador prognóstico, porém de incerto potencial preditivo de benefício de terapia adjuvante.4

Por fim, os resultados promissores do tratamento neoadjuvante com quimioterapia associado com imunoterapia mudarão por completo o tratamento peri-operatório.5 Provavelmente, o tratamento adjuvante fará parte de um grande plano de tratamento peri-operatório.

Referências:

  1. Hellmann MD et al. Lancet Oncol. 2014 Jan;15(1):e42-50
  2. Wu et al. Onco Targets Ther. 2018; 11: 6803–6810.
  3. https://clinicaltrials.gov/ct2/show/NCT02194738
  4. Chaudhuri et al. Cancer Discov. 2017 Dec;7(12):1394-1403
  5. Provencio-Pulla et al. Journal of Clinical Oncology 36, no. 15_suppl (May 20, 2018) 8521-8521.
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