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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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ASCO 2020

Barretos mostra experiência com novos agentes no câncer de próstata metastático

EDUARDO ZUCCA BXLuís Eduardo Zucca (foto) é primeiro autor de estudo selecionado no programa científico do ASCO 2020, com resultados do uso de abiraterona em baixas doses em pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração atendidos no Hospital de Câncer de Barretos (Abstract #: e17563).

“Estudo recente demonstrou não-inferioridade em relação a resposta ao PSA na dose reduzida de 250mg/dia de AA associada à ingestão alimentar, que é descrita como baixa dose de AA”, descrevem os autores. “Com o respaldo de diretrizes internacionais e a introdução de AA genérico no mercado farmacêutico brasileiro, tornou-se viável o uso de AA em hospitais com poucos recursos”, explicam.

Desde dezembro de 2018, o Hospital de Câncer de Barretos (Hospital de Amor) incorporou abiraterona em baixas doses (AALD, da sigla em inglês) em pacientes com mCRPC como terapia de primeira ou segunda linha, sempre após quimioterapia. Nesta análise foram revisados retrospectivamente dados de 49 pacientes com mCRPC que receberam AALD após quimioterapia de dezembro de 2018 a janeiro de 2020. O endpoint primário foi a taxa de resposta do PSA (queda de ≥ 50% no valor do PSA pré-tratamento). Análises univariadas exploraram a associação entre características clínicas e patológicas.

Resultados

Após acompanhamento médio de 5 meses, 25 pacientes (51%) apresentaram taxa de resposta do PSA ≥ 50%. A idade média foi de 69 anos e a maioria dos pacientes (73,5%) era ECOG 0 e 1. Apesar do bom performance status, a população apresentava características da doença agressiva, com 57,1% ISUP 4 e 5 e 69,4%  estágio clínico IV no diagnóstico inicial. Dezessete pacientes (34,7%) foram expostos a AALD na primeira linha e 32 (65,3%) na segunda linha. “Observou-se que os pacientes da primeira linha apresentaram melhor taxa de resposta do PSA que aqueles tratados na segunda linha (70,6% vs 40,6%. P 0,04)”, destacam os autores.

A conclusão do estudo de Barretos indica que abiraterona em baixa dose é viável no contexto da saúde pública brasileira no cenário do câncer de próstata metastático. “Apesar dos dados prematuros, essa análise retrospectiva mostrou taxa de resposta do PSA em cerca de 50% dos pacientes tratados com AALD na população geral e em cerca de 70% nos pacientes tratados na primeira linha nos pacientes com CPRC metastáticos”, concluem os autores, lembrando que a taxa de resposta sérica do PSA é conhecida como um marcador substituto para a sobrevida global nesses pacientes.

ReferênciaReal-world outcome with abiraterone low-dose plus prednisone in patients with mCRPC in a Brazilian Public Cancer Center - J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr e17563) - DOI: 10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.e17563

First Author: Luis Eduardo Rosa Zucca, MD, MSc
Meeting: 2020 ASCO Virtual Scientific Program
Session Title: Publication Only: Genitourinary Cancer—Prostate, Testicular, and Penile
Track: Genitourinary Cancer—Prostate, Testicular, and Penile
Subtrack:  Prostate Cancer - Advanced Disease
Abstract #: e17563

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