25042024Qui
AtualizadoQui, 25 Abr 2024 4pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2020

SOC1/SGOG-OV2: cirurgia citorredutora secundária no câncer de ovário com recorrência tardia

OvarioA cirurgia citorredutora secundária (SCR) resultou em um aumento significativo na sobrevida livre de progressão em pacientes selecionados com recorrência tardia de câncer de ovário. Os resultados são do estudo SOC1/SGOG-OV2 e foram selecionados para apresentação oral no ASCO 2020.

Na China, a cirurgia citorredutora secundária (SCR) tem sido padrão de atendimento em alguns centros de câncer com alto volume em câncer de ovário (CO). Embora o GOG213 não tenha mostrado benefício de sobrevida global, ainda está em aberto o debate sobre a estratégia para pacientes selecionados.

No estudo apresentado no ASCO 2020, pacientes com 1ª recidiva de câncer de ovário após 6 meses ou mais de intervalo livre de platina (PFI) eram elegíveis se fosse previsto um potencial R0 pelo escore iMODEL combinado com a imagem PET-CT. As pacientes foram randomizadas para cirurgia citorredutora seguida de quimioterapia (braço cirúrgico) vs quimioterapia de 2ª linha isolada (braço não cirúrgico). Os endpoints co-primários foram sobrevida livre de progressão e sobrevida global. A sobrevida livre de tratamento acumulada (TFSa), definida como o tempo de sobrevida global menos o tempo da cirurgia e quimioterapia após a randomização, foi um endpoint secundário. No ASCO, foram apresentadas a análise de sobrevida livre de progressão e a análise interina do TFSa.

Resultados 

Entre 2012 e 2019, 357 pacientes foram randomizadas; 6,3% das 175 pacientes no braço não cirúrgico foram operadas, e a taxa de cross-over foi de 36,9% em pacientes na segunda ou mais recidivas do braço não cirúrgico. 97% e 96% das pacientes receberam terapia de segunda linha contendo platina. A taxa de ressecção completa (R0) foi de 76,7% no total e de 61,1% nas pacientes com iMODEL> 4,7. As taxas de mortalidade em 60 dias foram de 0% em ambos os braços, cirúrgico e não cirúrgico. A taxa de complicações no pós-operatório em 30 dias com ≥ grau 3 foi de 5,2%. Com seguimento médio de 36 meses, a mediana de sobrevida livre de progressão foi de 17,4 meses no braço cirúrgico e 11,9 meses no braço não cirúrgico (HR 0,58, 95% CI 0,45-0,74, p <0,001).

O tempo médio para o início da primeira terapia subsequente (TFST) foi de 18,1 meses no braço cirúrgico vs 13,6 meses no bração não-cirúrgico (HR 0,59, 95% CI 0,46-0,76). Entre as pacientes dos braços cirúrgico e não cirúrgico, 1,1% e 10,1% foram submetidas à manutenção com bevacizumabe e inibidores da PARP no tratamento de 2ª linha. A sobrevida global e a TFSa estavam imaturos. No entanto, a análise interina da TFSa mediana não foi alcançada no subgrupo R0 e foi de 39,5 meses no braço não cirúrgico (HR0,59, 95% CI 0,38-0,91). A TFSa no braço cirúrgico apresentou melhor sobrevida a longo prazo em comparação com o grupo sem cirurgia (tempo médio de sobrevida restrito de 60 a 72 meses: 6,2 vs 4,2 meses).

“A cirurgia citorredutora em pacientes selecionadas resultou em uma extensão dramaticamente significativa na sobrevida livre de progressão. A análise interina da TFSa indica que a abordagem pode contribuir para a sobrevida a longo prazo”, concluíram os autores. 

Referência: A randomized phase III trial of secondary cytoreductive surgery in later recurrent ovarian cancer: SOC1/SGOG-OV2. - J Clin Oncol 38: 2020 (suppl; abstr 6001) - DOI: 10.1200/JCO.2020.38.15_suppl.6001

First Author: Rongyu Zang, MD, PhD
Meeting: 2020 ASCO Virtual Scientific Program
Session Type: Oral Abstract Session
Session Title: Gynecologic Cancer
Track: Gynecologic Cancer
Subtrack: Ovarian Cancer
Abstract #: 6001

 
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