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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 2pm

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Daichii Sankyo

 

ESMO GI 2020

BEACON CRC apresenta dados de segurança e recomendações de cuidados

rivadavio 2020Nova análise do estudo BEACON foi apresentada em sessão oral no ESMO GI, desta vez reportando os eventos adversos mais comuns com encorafenibe (inibidor de BRAF) mais cetuximabe em pacientes com câncer colorretal metastático (mCRC), além das melhores práticas para gerenciar esses eventos com base nas evidências disponíveis. “Além de promover maior controle de doença, o novo regime com drogas-alvo demonstrou uma melhora substancial na qualidade de vida reportada pelos pacientes”, observa o oncologista Rivadávio Antunes de Oliveira (foto), preceptor e coordenador da residência de Oncologia Clínica do Hospital do Câncer de Londrina (HCL).

As mutações BRAF V600E ocorrem em aproximadamente 8-10 % dos pacientes com mCRC e são associadas a pior prognóstico. O uso de encorafenibe mais cetuximabe foi recentemente aprovado pela agência norte-americana FDA para o tratamento de pacientes adultos com mCRC BRAF V600E mutados, previamente tratados.

No estudo BEACON CRC, encorafenibe mais cetuximabe ampliou significativamente a sobrevida global (SG) e a taxa de resposta objetiva (ORR) versus quimioterapia padrão nessa população de pacientes. A mediana de SG foi de 9,3 versus 5,9 meses a favor do regime de combinação (HR 0,61), enquanto a taxa de resposta global (ORR) foi de 20% versus 2%, respectivamente.

No corte de dados da análise de segurança, ≥ 20% dos pacientes reportaram eventos adversos (EA) de qualquer grau, ≥ 3% para EA grau ≥ 3.

Eventos adversos gastrointestinais, incluindo diarreia, náusea e vômito, foram os mais frequentemente relatados com a combinação de imunoterápicos, ainda assim menos intensos comparados com o perfil de toxicidade da quimioterapia padrão e raramente resultaram em modificações ou interrupções de dose.

Reações cutâneas afetaram cerca de 75% de todos os pacientes que receberam encorafenibe e cetuximabe, predominantemente leves a moderadas. Evitar a exposição ao sol e considerar o uso de corticosteroide e/ou antibiótico tópico, assim como o encaminhamento para dermatologista e/ou biópsia de pele, estão entre as recomendações de cuidados, estabelecidas para cada grau de severidade.

Eventos adversos renais e urinários leves ou moderados, assim como alterações laboratoriais, também ocorreram em pequena parcela de pacientes tratados no grupo com inibidor de BRAF, sem necessidade de modificação de dose ou descontinuação. Manter ingestão adequada de líquidos e evitar medicamentos nefrotóxicos integram as orientações, assim como o suporte do nefrologista, quando necessário.

A qualidade de vida foi um endpoint secundário, avaliado no início e após cada ciclo, usando quatro ferramentas de medida validadas. Os pacientes que receberam o doublet (encorafenibe + cetuximabe) tiveram aproximadamente 46% de redução de risco da deterioração da qualidade de vida. Dados semelhantes foram achados em quem fez o esquema triplet”, destaca Oliveira.

O especialista observa que pacientes com mCRC – BRAF V600E mutados tem de fato um pior prognóstico, com uma mediana de SG de 4 a 6 meses após a falha da terapia inicial. “A terapia com encorafenibe mais cetuximabe (assim como a terapia triplet), demonstraram uma melhora substancial na qualidade de vida dos pacientes avaliados em comparação com o regime padrão, com efeitos colaterais manejáveis, reversíveis e com raras descontinuações”, conclui.

Referência: Management of Adverse Events Associated With Encorafenib Plus Cetuximab in Patients With BRAF V600E Mutant Metastatic Colorectal Cancer (The BEACON CRC Study) - Josep Tabernero et al.

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