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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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SGO 2021

SOLO1: olaparibe de manutenção e benefício de SLP no câncer de ovário avançado BRCA-mutado

william bradley bxEm mulheres com câncer de ovário avançado BRCA-mutado, a terapia de manutenção com olaparibe (Lynparza®, Astrazeneca) por dois anos após o tratamento primário aumenta significativamente a sobrevida livre de progressão em cinco anos. Os resultados do acompanhamento de longo prazo do estudo SOLO1 foram apresentados no encontro anual da Sociedade de Ginecologia Oncológica (SGO 2021) por William Bradley (foto), professor associado do Medical College of Wisconsin e primeiro autor do trabalho.

"Mesmo anos depois que os pacientes completaram os dois anos planejados de tratamento com olaparibe, seu benefício de sobrevida livre de progressão permaneceu", afirmou Bradley. “Este estudo avaliou dados de cinco anos, o acompanhamento mais longo para qualquer inibidor de PARP no contexto da terapia de manutenção após a terapia primária", acrescentou.

Pacientes com câncer de ovário avançado recém-diagnosticados apresentam alto risco de recidiva e a sobrevida em 5 anos é de 30–50%. Atraso na recorrência, sobrevida prolongada e, para alguns pacientes, maior chance de cura são objetivos do tratamento nesse cenário.

No estudo Fase III SOLO1, multicêntrico, duplo-cego, placebo-controlado  (NCT01844986; GOG-3004), pacientes com câncer de ovário avançado e mutação nos genes BRCA1 e/ou BRCA2 (BRCAm) com resposta após a primeira linha com quimioterapia à base de platina derivaram um benefício significativo de sobrevida livre de progressão (SLP) de olaparibe de manutenção vs placebo (mediana de 41 meses de acompanhamento; mediana não alcançada vs 13,8 meses; hazard ratio 0,30; P <0,001; Moore et al. NEJM 2018).

No SGO foram relatadas as análises após 5 anos de acompanhamento (cut off de dados, 5 de março de 2020), realizadas para avaliar a eficácia a longo prazo e tolerabilidade de olaparibe de manutenção no câncer de ovário avançado recém-diagnosticado.

Métodos e resultados

As pacientes foram randomizadas 2: 1 para olaparibe de manutenção (comprimidos; 300 mg BID) ou placebo por até 2 anos ou progressão da doença. Sobrevida livre de progressão e sobrevida livre de recorrência (RFS) foram avaliadas pelo investigador por RECIST v1.1 modificado. Foi realizada uma análise exploratória de sobrevida livre de progressão no subgrupo de pacientes de alto risco (doença estágio IV, estágio III com doença residual após cirurgia de citorredução primária, estágio III inoperável ou estágio III com cirurgia de intervalo) e baixo risco (doença estágio III sem doença residual após cirurgia de citorredução primária). Para pacientes em resposta completa no início do estudo, a sobrevida livre de recorrência foi definida post hoc como o tempo desde a randomização até a recorrência da doença (novas lesões por imagem) ou morte.

Um total de 260 pacientes foram randomizadas para olaparibe e 131 pacientes para o braço placebo (mediana de duração do tratamento de 24,6 vs 13,9 meses, respectivamente). Após uma mediana de 4,8 e 5,0 anos de acompanhamento, a mediana de SLP foi de 56 vs 14 meses nos braços de olaparibe e placebo, respectivamente. No subgrupo de alto risco, 42% das pacientes no braço olaparibe vs 17% das pacientes no braço placebo estavam livres de progressão em 5 anos; no subgrupo de menor risco, 56% vs 25% das pacientes, respectivamente, estavam livres de progressão no momento da análise.

Entre as pacientes com resposta completa no baseline, o risco de recorrência de doença ou morte foi reduzido em 63%. O perfil de segurança de olaparibe foi consistente com estudos anteriores. Não foram relatados novos casos de síndrome mielodisplásica ou leucemia mieloide aguda (olaparibe, 3/260 [1%]; placebo, 0/130) e a incidência de novas neoplasias primárias permaneceu equilibrada entre os braços (olaparibe, 7/260 [ 3%]; placebo, 5/130 [4%]).

“Para pacientes com câncer de ovário avançado recém-diagnosticado BRCAm, o benefício da manutenção de 2 anos com olaparibe foi sustentado além do final do tratamento e, após 5 anos, quase metade das pacientes estavam livres de progressão em comparação com 20% das pacientes no grupo que recebeu placebo. Este benefício foi consistente em pacientes de alto e baixo risco. Mais de 50% das pacientes em resposta completa após a quimioterapia de primeira linha à base de platina permaneceram livres de recidiva 5 anos após a randomização”, concluíram os autores.

Referência: Abstract ID: 10520 - Maintenance olaparib for patients with newly diagnosed, advanced ovarian cancer and a BRCA mutation: 5-year follow-up from SOLO1

 
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