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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Coberturas Especiais

Radioterapia, privação androgênica e qualidade de vida no câncer de próstata

ASTRO_Hormone_Nota_Val_NET_OK.jpgPacientes com câncer de próstata de alto risco que recebem radioterapia (RT) e terapia de privação de androgênio (ADT) por 18 meses recuperaram o nível normal de testosterona em um curto período de tempo em comparação com aqueles que receberam 36 meses de bloqueio hormonal, resultando em melhor qualidade de vida, sem prejuízo nos resultados a longo prazo. É o que mostra a pesquisa apresentada na 56ª reunião anual da ASTRO.

Os pesquisadores analisaram dados de 561 pacientes com câncer de próstata de alto risco. O estudo multicêntrico, de fase III, randomizou pacientes em dois grupos. Um grupo de 289 pacientes recebeu RT e 18 meses de terapia de privação androgênica. O segundo grupo, de 272 pacientes, recebeu RT associada a 36 meses de ADT. Em ambos os grupos, a radioterapia foi iniciada após quatro meses de ADT.

No início do estudo, foram medidos os níveis séricos de testosterona dos pacientes e, em seguida, em cada visita de acompanhamento foram avaliados os níveis de testosterona e o tempo de recuperação da dosagem hormonal. Após um tempo médio de follow-up de 84 meses, 55,7 % (161) dos doentes no grupo de 18 meses recuperou os níveis de testosterona a taxas normais, em comparação com 44,9% (122) dos pacientes do grupo de ADT por 36. Além disso, o tempo médio para a recuperação de testosterona foi menor (47,2 meses, variando de 40,1-54,3 meses) no grupo tratado com 18 meses de ADT versus o grupo tratado com 36 meses de bloqueio hormonal (73,2 meses, variando de 58,3-88,2 meses).

A qualidade de vida foi avaliada utilizando duas ferramentas: um questionário de 30 itens (EORTC30) e um questionário de 25 itens (EORTC PR25). Os 55 itens foram reagrupados em 21 escalas e transformados em uma pontuação de 0 a 100. Os questionários foram preenchidos de acordo com dados relatados pelos pacientes, antes e durante o tratamento. Quando comparados os pacientes que recuperaram a testosterona normal com aqueles que não alcançaram esses níveis hormonais, a qualidade de vida foi significativamente melhor avaliada no primeiro grupo: 26 de 55 itens e 12 de 21 escalas, o que é estatisticamente significativo.

"Os resultados da análise não são surpreendentes. Considerando os efeitos colaterais dos ADT, a recuperação da testosterona tem um impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes," disse o autor Abdenour Nabid, professor da Universidade de Sherbrooke, em Quebec, no Canadá.

Referência: Quality of Life in Patients with Testosterone Recovery after Long Term Androgen Deprivation Therapy for High Risk Prostate Cancer


 
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