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AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Coberturas Especiais

Abordagem cirúrgica no câncer de mama

ROGERIO ARAUJO 2 POSTER ESMO NET OKO oncologista Rogério Agenor de Araújo (foto), do Centro Oncológico do Triângulo (COT), apresentou na sessão de pôster do ESMO 2018 estudo que avalia a associação do tamanho do tumor (T) e do comprometimento linfonodal (N) com metástases em pacientes com câncer de mama atendidos em um hospital público de Minas Gerais.

Embora nos últimos anos tenha havido uma melhora nas terapias sistêmicas e na radioterapia, a abordagem cirúrgica ainda é fundamental no tratamento oncológico. Neste estudo observacional e retrospectivo, foram analisados ​​1979 prontuários de mulheres com câncer de mama tratadas entre 1981 a 2013. A abordagem cirúrgica e margem cirúrgica foram obtidas a partir de laudos anatomopatológicos. Do total, 987 foram excluídas por falta de dados patológicos, sendo diagnosticadas no estádio IV ou estágio patológico 0.

Resultados

Do subtotal, 992 prontuários relataram abordagem cirúrgica (radical ou conservadora), e 905 informaram margens cirúrgicas, das quais 110 tiveram margens positivas e 795 margens negativas. A mediana de idade foi de 55 anos (27-91). Observou-se que 49,69% (n = 493) das cirurgias eram de conservação da mama. Não houve associação entre abordagem cirúrgica e recidiva local (p = 0,2672). No entanto, o aumento da odds da margem cirúrgica (OR = 1,531; p = 0,0395) e diminuição da odds de recidiva à distância (OR = 0,4068; p <0,0001) e morte (OR = 0,1455; p <0,0001) foi observado em cirurgias conservadoras de mama em comparação com cirurgias radicais.

Em relação às margens, não houve associação entre margem cirúrgica e recidiva local (p = 0,1063). No entanto, pacientes com margem cirúrgica positiva apresentaram maior chance de recidiva à distância (OR = 1,940; p = 0,0052) e óbito (OR = 2,002; p = 0,0494). Quando analisados ​​pelo estadiamento patológico (I-III), observou-se que a margem cirúrgica positiva aumentou a chance de recidiva à distância nas pacientes com doença estádio II (OR = 2,280; p = 0,00499) e III (OR = 2,820; p = 0,0132).

“Embora tenha sido observada uma associação entre cirurgia radical e morte, fatores como complexidade tumoral e tumor localmente avançado podem estar envolvidos”, afirmou Rogério. No entanto, o especialista ressalta que a margem cirúrgica positiva aumentou as chances de recidiva à distância, principalmente em pacientes estádio III, e morte. “Esses dados corroboram o fato de que a abordagem cirúrgica ainda é uma pedra angular no tratamento do câncer de mama e tem um forte impacto em pacientes com tumores localmente avançados”, concluiu.

Referência: 1916P The influence of the surgical approach in women diagnosed with breast neoplasia R.A. de Araujo1 , C.P. Nascimento2 , C.L.P. Da Cunha2 , E.D.C. Marinho2 , E.R.T. Mosca2 , F.A.C. Da Luz2 , P.F.R. Delfino2 , R.M. Antonioli2 , T.R. Mendes2 , M.J.B. Silva3 1 Oncologia Clınica, COT - Centro Oncologico do Triangulo, Uberlandia, Brazil, 2 Hospital do Cancer em Uberlandia, Universidade Federal de Uberlandia, Uberlandia, Brazil, 3 Instituto de Ciencias Biomedicas, Universidade Federal de Uberlandia, Uberlandia, Brazil

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