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AtualizadoTer, 16 Abr 2024 7pm

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Coberturas Especiais

Quimioterapia neoadjuvante e cirurgia radical versus quimiorradiação no câncer de colo uterino

FRANCISCO REIS POSTER ESMO NET OKEstudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster na ESMO 2018 pretende avaliar a quimioterapia neoadjuvante e cirurgia radical versus quimiorradiação no câncer de colo do útero estádios IB2, IIA2 e IIB. Selecionado na categoria “Estudo em andamento” (do inglês, trial in progress – TiP), o desenho do trabalho foi apresentado por Francisco José Candido dos Reis (foto), médico do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto - Universidade de São Paulo.

A quimiorradiação é o padrão atual de tratamento do câncer cervical avançado. No entanto, a radiação está associada a efeitos colaterais de longo prazo que podem prejudicar a qualidade de vida dos sobreviventes. Descobertas recentes de casos e séries observacionais sugerem que mulheres com doença estádio IB2, IIA e IIB que respondem à quimioterapia neoadjuvante podem ser candidatas a cirurgia radical como tratamento definitivo. Essa abordagem pode reduzir as complicações a longo prazo associadas à quimiorradiação e melhorar a qualidade de vida do paciente.

O estudo

São elegíveis pacientes com 18 anos ou mais, diagnosticadas com câncer de colo do útero invasivo estádios IB2, IIA ou IIB. O estádio será avaliado por exame clínico e confirmada por ressonância magnética pélvica, TC de abdome superior e TC de tórax. É necessário o ECOG PS 0-1 e função adequada do órgão adequada.

Duzentos e quarenta e quatro pacientes serão aleatoriamente designadas para um dos dois braços. No braço 1, as pacientes receberão quimiorradiação padrão (cisplatina 40mg/m2 IV: D1, D8, D15, D29 e D36 em concomitância com radiação externa 50,4Gy fracionada em 28 sessões de 1,8Gy seguida de braquiterapia em quatro inserções de 7 Gy). No braço 2, as pacientes irão receber quimioterapia neoadjuvante intravenosa (cisplatina 75mg/m2 D1 mais paclitaxel 80mg/m2) D1, D8 e D15, a cada 21 dias, por 3 ciclos. Após cada ciclo, a participante será avaliada para verificar a toxicidade e a resposta tumoral. Após o terceiro ciclo, as pacientes com resposta clínica completa ou redução substancial do tumor (tumor restrito ao colo do útero a 4 cm), confirmados por ressonância magnética pélvica, serão submetidas à histerectomia abdominal de Piver-Rutledge classe III e linfadenectomia pélvica 3-6 semanas após o último ciclo.

Pacientes com progressão tumoral ou toxicidade grave após qualquer ciclo de quimioterapia neoadjuvante, ou com tumor inoperável após o terceiro ciclo de quimio neoadjuvante serão tratadas com quimiorradiação padrão definitiva. O endpoint primário é a sobrevida global em 5 anos, e os endpoints secundários incluem sobrevida livre de doença, taxa de operabilidade e resposta patológica completa no braço neoadjuvante. O estudo está em andamento; por enquanto, foram incluídas oito pacientes. Participam do estudo o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e o Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP). Outros centros de tratamento de câncer no Brasil serão incluídos.

Referência: 1003TiP Neoadjuvant chemotherapy and radical surgery versus chemorradiation for stage IB2, IIA2 e IIB cervical cancer: A randomized controlled trial P.T.F. Reis Filho et al

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