24042024Qua
AtualizadoQua, 24 Abr 2024 8pm

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Daichii Sankyo

 

Características demográficas, clínicas e patológicas de pacientes com melanoma cutâneo

alberto wainstein 2020 bxEstudo publicado no JCO Global Oncology apresenta resultados demográficos, clínicos e patológicos do banco de dados do Grupo Brasileiro de Melanoma (GBM). “Mesmo não sendo um trabalho epidemiológico, as informações permitem conhecer melhor como os pacientes com melanoma se apresentam ao diagnóstico no Brasil”, afirma o cirurgião oncológico Alberto Wainstein (foto), vice-presidente da Melanoma World Society e ex-diretor científico do GBM.

O banco de dados online inclui pacientes diagnosticados entre 1982 e 2015 e avaliados em seus centros de origem entre 2001 e 2016. O endpoint principal foi descrever as características demográficas, clínicas e patológicas dos pacientes. O objetivo secundário foi investigar a associação entre variáveis clínicas e ​​patológicas de interesse.

Resultados

Foram incluídos 1.596 pacientes, com mediana de 52 anos; 57% eram mulheres e a maioria foi identificada como branca. O melanoma invasivo foi diagnosticado em 1.297 pacientes, a maioria doença localizada, enquanto 299 (19%) pacientes apresentavam doença in situ (TisN0M0). Apenas 165 pacientes tiveram envolvimento linfonodal inicial. Os fototipos cutâneos I ou II na escala Fitzpatrick foram ligeiramente mais frequentes com melanoma in situ (73%) em comparação com doença invasiva (67%; P = 0,054).

A mediana do índice de espessura de Breslow foi de 0,95 mm, os níveis de invasão tumoral (Clark) 2 e 3 representaram quase 70% dos casos e a ulceração estava presente em 18% dos pacientes. A taxa mitótica foi significativamente associada à presença de ulceração e invasão vascular e perineural, mas não com margem positiva, enquanto a regressão histológica foi associada a infiltrados inflamatórios intratumorais e peritumorais.

“Apesar das limitações de um estudo observacional baseado em registros, os resultados fornecem um perfil geral de pacientes com melanoma cutâneo no Brasil no momento do diagnóstico”, observam os autores.

 “Dados como o Breslow médio de 0,95 mm podem parecer ruins para alguns, bons para outros, mas juntamente com as demais conclusões apresentadas nos permitem contribuir com melhores políticas para o diagnóstico mais precoce e maior conhecimento populacional sobre o melanoma no Brasil”, conclui Wainstein.

 Referência: Demographic, Clinical, and Pathologic Features of Patients With Cutaneous Melanoma: Final Analysis of the Brazilian Melanoma Group Database - Wainstein, A J A et al, on behalf of Brazilian Melanoma Group - DOI: 10.1200/JGO.20.00005 JCO Global Oncology no. 6 (2020) 575-582. Published online April 15, 2020.

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