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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Daichii Sankyo

 

Impacto do tratamento na morbi-mortalidade de sobreviventes de linfoma de Hodgkin

sangueDurante uma era, o tratamento de pacientes com linfoma de Hodgkin clássico foi caracterizado pelo uso disseminado de doxorrubicina, bleomicina, vinblastina e dacarbazina. Para identificar a morbi-mortalidade desse regime, Dores et. al. analisaram dados de mais de 20 mil pacientes de diferentes registros de câncer dos Estados Unidos, em mais de 15 anos de acompanhamento. “Coletivamente, os dados de base populacional confirmam relatos anteriores, mostrando aumento significativo na mortalidade não relacionada ao linfoma entre os sobreviventes”, destacam os autores, em artigo no Journal of Clinical Oncology (JCO).

Dores et al. identificaram 20.007 indivíduos que receberam diagnóstico de LH estádio I / II (precoce) ou III / IV (avançado) entre 20 e 74 anos de idade e foram tratados com quimioterapia inicial. “Usamos taxas de mortalidade padronizadas (SMRs) para comparar o risco de mortalidade após LH com o esperado na população em geral e consideramos o excesso de risco estimado (EARs por 10.000 pacientes-ano) para quantificar a carga de mortalidade específica da doença”, descrevem os autores.

Resultados

Foram identificados 3.380 óbitos na coorte de LH, incluindo 1.321 mortes (39%) não atribuídas ao linfoma. No geral, as taxas de mortalidade padronizadas mostram que a mortalidade não relacionada ao câncer aumentou 2,4 vezes entre aqueles diagnosticados com doença avançada, enquanto em pacientes com LH inicial cresceu 1,6 vezes em comparação com a população geral.

As maiores taxas de excesso de risco estimado no LH avançado foram para doenças cardíacas (EAR, 15,1; SMR, 2.1), infecções (EAR, 10,6; SMR, 3,9), doença pulmonar intersticial (EAR, 9,7; SMR, 22,1) e eventos adversos (AEs) relacionados a medicamentos  (EAR, 7,4; SMR, 5,0). Na doença inicial foram doença cardíaca (EAR, 6,6; SMR, 1,7), doença pulmonar intersticial (EAR, 3.7; SMR, 13.1) e infecções (EAR, 3.1; SMR, 2.2).

“Apesar da evolução das abordagens de tratamento, pacientes com LH continuam em risco aumentado de mortalidade por múltiplas causas potencialmente evitáveis. Vigilância, intervenções precoces e refinar estratégias de tratamento no LH podem afetar favoravelmente a longevidade do paciente, particularmente entre subgrupos de alto risco”, concluem os autores.

Em conjunto, esses dados de base populacional confirmam relatos anteriores mostrando aumento significativo na mortalidade não relacionada ao linfoma em sobreviventes de LH.

Referência: Dores et al. Cause-Specific Mortality Following Initial Chemotherapy in a Population-Based Cohort of Patients With Classical Hodgkin Lymphoma, 2000-2016. DOI: 10.1200/JCO.20.00264 Journal of Clinical Oncology

 

 

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