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AtualizadoSex, 19 Abr 2024 10pm

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Radioterapia hipofracionada de leito prostático

elton leite 2020 bxO médico radio-oncologista Elton Leite (foto), do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP), é primeiro autor de estudo prospectivo de Fase II publicado no International Journal of Radiation Oncology (Red Journal) que avaliou a segurança e a viabilidade da radioterapia hipofracionada pós-operatória para o leito prostático.

A radioterapia pós-operatória é bastante utilizada para pacientes com câncer de próstata, e embora os ensaios clínicos tenham estabelecido a segurança e eficácia do hipofracionamento como terapia primária, os dados no cenário pós-operatório são limitados.

No estudo, pacientes submetidos à prostatectomia radical (PR) foram tratados com RT hipofracionada do leito prostático (cenário de resgate ou adjuvância), com dose de 51Gy em 15 frações (3,4 Gy por fração) utilizando as técnicas de IMRT e IGRT. O endpoint primário do estudo foi a taxa de toxicidade geniturinária aguda (GU) grau 2. Os desfechos secundários incluíram toxicidades gastrointestinais agudas e toxicidade geniturinária aguda tardia, sobrevida livre de falha bioquímica (BFFS), sobrevida livre de metástases (MFS), sobrevida câncer-específica (CSS), sobrevida global (SG) e qualidade de vida relacionada à saúde (QVRS).

Resultados

61 dos 64 pacientes recrutados receberam radioterapia (57 RT de resgate e 4 RT adjuvante). Após um seguimento mediano de 16 meses, 11,5% dos pacientes apresentaram sintomas GU agudos de grau ≥2 e 13,1% apresentaram sintomas GI agudos de grau ≥2. A taxa de toxicidade GU tardia de grau > 2 foi de 8,2%; e 1 paciente (1,6%) desenvolveu toxicidade GU aguda tardia de grau 3.

A taxa de toxicidade GI tardia grau ≥2 foi de 11,5% e não foi relatado nenhum evento adverso gastrointestinal grau 3. O período curto de acompanhamento limita a avaliação do desfecho oncológico robusto. No entanto, a sobrevida livre de falha bioquímica em 2 anos, o uso de terapia de resgate subsequente e o desenvolvimento de metástase foi de 95,1%, 0% e 0%, respectivamente.

“A radioterapia hipofracionada de leito prostático em 15 frações foi segura. O perfil de toxicidade geniturinária e gastrointestinal foram aceitáveis e comparáveis ao fracionamento convencional descrito em literatura. Entretanto, para que o método seja amplamente utilizado, é necessário um ensaio clínico randomizado de longo seguimento”, concluíram os autores.

O estudo contou com a participação dos pesquisadores Clarissa Cerchi Ramos, Victor Bertotti Ribeiro, William Carlos Nahas, João Victor Salvajoli e Fabio Ynoe de Moraes. 

Referência: Hypofractionated radiotherapy to the prostate bed with intensity modulated radiation therapy (IMRT): a phase II trial - Leite, Elton Trigo Teixeira et al. - DOI:https://doi.org/10.1016/j.ijrobp.2020.12.020 - International Journal of Radiation Oncology, Biology, Physics, Volume 0, Issue 0


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