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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 12pm

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Daichii Sankyo

 

Revisão mostra resultados dos principais registros de câncer e COVID-19

covid 4 bxArtigo de Desai et al. publicado 2 de setembro no JAMA Oncology descreve os esforços dos principais registros de câncer e COVID-19, com informações sobre a história, fatores de risco e desfechos de pacientes oncológicos durante a pandemia. A revisão traz dados de 14 dos principais registros de câncer e COVID-19, compreendendo mais de 28,5 mil pacientes, e mostra consequências em todo o mundo, associadas a atrasos no diagnóstico, interrupções no tratamento e acompanhamento, sem falar de aumentos importantes nas taxas de infecção e mortalidade.

“Os resultados dos esforços de registro permitiram compreender várias consequências da COVID-19 para pacientes com câncer. Primeiro, a taxa de mortalidade por todas as causas em 30 dias foi alta entre pacientes com câncer e COVID-19, com estimativas variando de 13% a 57%. Em segundo lugar, os fatores que foram consistentemente associados à mortalidade incluíram idade, sexo e número de comorbidades (Tabela). Em terceiro, os fatores específicos associados à alta mortalidade foram câncer torácico, câncer hematológico, baixo status de desempenho ECOG e câncer ativo e progressivo (Tabela)”, descrevem os autores.

Desai e colegas também destacam que registros com grandes amostras revelaram vulnerabilidades adicionais nesta população de pacientes, incluindo raça, etnia e certos parâmetros laboratoriais (por exemplo, hipoalbuminemia e linfopenia). Em quinto lugar, os autores lembram que o benefício das terapias de plasma convalescente e remdesivir para o tratamento de COVID-19 foi sugerida entre pacientes com câncer, especialmente aqueles com câncer hematológico.

Os dados dos principais registros apontam uma incidência de tromboembolismo venoso de 10% entre pacientes com câncer admitidos na unidade de terapia intensiva por doença associada a COVID-19. ​​O tromboembolismo venoso foi observado com mais frequência entre aqueles que haviam recebido recentemente qualquer terapia anticâncer versus nenhuma terapia (5,2% vs 2,2%, respectivamente) e aqueles com progressão da doença vs nenhuma progressão (7,1% vs 2,0%). Os resultados disponíveis devem ser considerados preliminares, considerando que a maioria dos registros ainda está em processo de coleta e análise de dados.

“Apesar dos desafios enfrentados durante a pandemia, a comunidade global de oncologia respondeu com um nível sem precedentes de pesquisa, colaboração e inovação tecnológica por meio do rápido desenvolvimento de registros sobre COVID-19 que permitiram uma maior compreensão da história natural, fatores de risco, e desfechos de pacientes com câncer diagnosticados com COVID-19”, destacam os autores.

Agora, é hora de promover a colaboração ainda mais ativa entre diferentes registros para melhorar a qualidade e a consistência das informações, gerando evidências de alto nível para orientar a tomada de decisões clínicas e epidemiológicas.

Entre os registros estão dados do Consórcio Cancer e COVID-19 (CCC19), do OnCovid, promovido pelo Imperial College, do Consórcio Theravolt - Thoracic Cancers International COVID-19 Collaboration e do UK Coronavirus Cancer Monitoring Project (UK CCMP), entre outras importantes iniciativas, incluindo colaborações da American Society of Clinical Oncology (ASCO) e da American Society of Hematology Research Collaborative (ASH RC). A íntegra do artigo está disponível, em acesso aberto. 

Table 2
Referência: Desai A, Mohammed TJ, Duma N, et al. COVID-19 and Cancer: A Review of the Registry-Based Pandemic Response. JAMA Oncol. Published online September 02, 2021. doi:10.1001/jamaoncol.2021.4083

 

 

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