28032024Qui
AtualizadoQui, 28 Mar 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Modafinil não tem evidência na gestão da fadiga

CancroPulmao.jpgO Journal of Clinical Oncology (JCO) publicou online artigo que discute o uso de modafinil para a gestão da fadiga em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC). O artigo é de Anna Spathis, consultora em medicina paliativa do Addenbrookes Hospital, em Cambridge, Reino Unido (JCO, vol. 32, no.18). A conclusão foi que o modafinil não teve efeito sobre a fadiga relacionada ao câncer e não deve ser prescrito fora do contexto de um estudo clínico. Seu uso foi associado com um efeito placebo clinicamente significativo.

A fadiga acomete mais de 60% dos pacientes com câncer. Apesar de uma base de dados limitada, os estimulantes do sistema nervoso central modafinil e metilfenidato são recomendados para o tratamento da fadiga relacionada ao câncer.

Para avaliar a eficácia e tolerância do modafinil na gestão da fadiga em pacientes com câncer de pulmão não-pequenas células, o estudo randomizou aleatoriamente adultos com CPNPC avançado e status performance 0-2 que não foram tratados com quimioterapia ou radioterapia nas últimas 4 semanas para receber diariamente modafinil (100mg nos dias 1 a 14; 200 mg nos dias 15 a 28) ou placebo.

O desfecho primário foi a alteração na pontuação de fadiga de acordo com o Functional Assessment of Chronic Illness Therapy (FACIT) – do início do tratamento até o 28° dia. Os desfechos secundários incluíram segurança e depressão relatados pelo paciente, sonolência diurna e qualidade de vida.

No total, 208 pacientes foram randomizados e 160 (modafinil, n = 75; placebo, n = 85) completaram os questionários, tanto no início do estudo como no 28° dia, e foram incluídos na análise modificada por intenção de tratar. A pontuação no score de fadiga melhorou, com benefícios percebidos desde o início do tratamento até o 28° dia (modafinil, 5,29, 95% CI, 2,57-8,02; placebo, 5,09, 95% CI, 2,54-7,65), mas não houve diferença entre os tratamentos (0,20; 95% CI, -3,56 a 3,97). Também não houve diferença nos desfechos secundários; 47% no grupo modafinil e 23% no grupo placebo, indicando que a intervenção não é útil, ou seja, o modafinil não teve efeito sobre a fadiga relacionada ao câncer e não deve ser prescrito fora do contexto de um estudo clínico. Seu uso foi associado com um efeito placebo clinicamente significativo.

Informação do estudo clínico: NCT00829322.

 

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