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AtualizadoQui, 18 Abr 2024 6pm

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Combinação mostra atividade no tratamento do sarcoma metastático

rodrigo munhoz 22Poucas opções de tratamento padrão estão disponíveis para pacientes com sarcomas metastáticos. Estudo de Somaiah et al. reportado no Lancet Oncology mostra que a combinação de durvalumabe e tremelimumabe é um regime de tratamento ativo para sarcoma avançado ou metastático e merece avaliação em subgrupos específicos em estudos futuros. O oncologista Rodrigo Munhoz (foto) comenta os resultados.

Neste estudo de Fase II, pesquisadores do MD Anderson Cancer Center da Universidade do Texas avaliaram a eficácia, segurança e alterações no microambiente tumoral para o anti PD-L1 durvalumabe e para o anti CTLA-4 tremelimumab em vários subtipos de sarcoma.

Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais com sarcoma avançado ou metastático e bom status de desempenho (ECOG 0-1) expostos a pelo menos uma linha de terapia sistêmica anterior, agrupados de acordo com o subtipo da doença (lipossarcoma, leiomiossarcoma, angiossarcoma, sarcoma pleomórfico indiferenciado, sarcoma sinovial, osteossarcoma, sarcoma alveolar de partes moles, cordoma e outros sarcomas). Os pacientes receberam 1.500 mg de durvalumabe intravenoso e 75 mg de tremelimumabe intravenoso por quatro ciclos, seguidos de durvalumabe sozinho a cada 4 semanas por até 12 meses. O desfecho primário foi a sobrevida livre de progressão em 12 semanas na população com intenção de tratar (todos os pacientes que receberam pelo menos uma dose de tratamento). A segurança também foi analisada na população com intenção de tratar.

Entre 17 de agosto de 2016 e 9 de abril de 2018, 62 pacientes foram inscritos, dos quais 57 (92%) receberam tratamento e foram incluídos na população com intenção de tratar. Com um acompanhamento médio de 37,2 meses (IQR 1,8–10,1), a sobrevida livre de progressão em 12 semanas foi de 49% (IC 95% 36–61).

Em relação ao perfil de segurança, foram reportados 21 eventos adversos de graus 3-4 relacionados ao tratamento, sendo os mais comuns o aumento da lipase (quatro [7%] de 57 pacientes), colite (três [5%] pacientes) e pneumonite (três [5%] pacientes). Nove (16%) pacientes tiveram evento adverso grave relacionado ao tratamento. Um paciente apresentou pneumonite e colite grau 5.

“A combinação de durvalumabe e tremelimumabe é um regime de tratamento ativo para sarcoma avançado ou metastático e merece avaliação em subgrupos específicos em estudos futuros”, afirmam os autores.

Segundo Rodrigo Munhoz, oncologista do Icesp e do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, ainda que o benefício da imunoterapia nos sarcomas de partes moles não seja comparável ao de outros tumores sólidos, o que fica claro se considerada uma mediana de SLP de apenas 2,8 meses e TR de 12% nesse estudo, é importante salientar que se trata de um grupo extremamente heterogêneo de neoplasias. “Em subtipos específicos, identificam-se claros sinais de eficácia, nesse caso do bloqueio combinado com durvalumabe e tremelimumabe, com destaque para o sarcoma alveolar de partes moles (TR 40%, incluindo duas respostas completas), angiossarcoma e sarcoma pleomórfico de alto grau. Particularmente no sarcoma alveolar de partes moles, observou-se uma significativa densificação do infiltrado linfocitário CD8+ e CD3+ como resultado do tratamento com a imunoterapia combinada”, conclui.

Este estudo está registrado no ClinicalTrials.gov: NCT02815995.

Referências: Durvalumab plus tremelimumab in advanced or metastatic soft tissue and bone sarcomas: a single-centre phase 2 trial - Neeta Somaiah, MD; Anthony P Conley, MD; Edwin Roger Parra, MD; Heather Lin, PhD; Behrang Amini, MD; Luisa Solis Soto, MD et al. - Published: August 04, 2022 DOI: https://doi.org/10.1016/S1470-2045(22)00392-8


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