04052024Sáb
AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Câncer colorretal em Sergipe tem tendências crescentes de mortalidade

A mortalidade por câncer colorretal no estado de Sergipe tem aumentado em todas as faixas etárias e em ambos os sexos, refletindo a necessidade de melhorias na saúde pública, como mostra estudo de pesquisadores do Programa de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Sergipe, que tem como primeiro autor o médico proctologista Alex R. Moura.

O objetivo deste estudo foi analisar tendências de mortalidade e padrões espaciais de câncer colorretal no estado de Sergipe, de 1990 a 2019. As tendências foram calculadas usando dados do Atlas de Mortalidade Online e do Programa de Regressão Joinpoint. As análises espaciais utilizaram o modelo bayesiano e índices de Moran calculados entre 1990 a 1999, 2000 a 2009 e 2010 a 2019.

Os resultados foram relatados na PlosOne e mostram que 1.585 óbitos por câncer colorretal (CCR) foram registrados em Sergipe no período do estudo, sendo 58,42% entre o sexo feminino. Os autores descrevem que as tendências foram crescentes e constantes para ambos os sexos e para todas as faixas etárias estudadas. A maior variação percentual média anual foi de 6,2 {intervalo de confiança (IC) de 95% 3,4;9,0} para homens com idade superior a 65 anos e 4,5 (IC de 95% 3,2;5,8) para mulheres com idade entre 50 e 64 anos. Houve autocorrelação espacial positiva para ambos os sexos em todos os períodos estudados quando utilizado o índice de Moran para taxas Bayesianas.

As conclusões do estudo revelam tendências consistentes e crescentes na mortalidade por CCR em todas as faixas etárias, tanto para homens como para mulheres examinadas. A análise espacial indica que a capital do estado apresenta o maior risco para mortalidade por CCR, com correlação positiva observada em ambos os sexos.

A análise de Moura et al. ressalta uma mudança na área de alto risco ao longo dos anos entre os homens, com a concentração mais recente de mortes observada na região central do Estado, composta por cidades economicamente desenvolvidas. Por outro lado, para as mulheres, o conjunto geográfico de taxas de mortalidade elevadas permaneceu relativamente estável na região sudeste, onde está situada outra cidade economicamente desenvolvida.

Globalmente, as taxas de incidência e mortalidade do CCR variam de acordo com o IDH, com tendência a maior incidência em países desenvolvidos, com IDH elevado, refletindo fatores ambientais e relacionados ao estilo de vida dessas populações.

Diante desses resultados, os pesquisadores apontam a necessidade de melhorias no âmbito da saúde pública de Sergipe e questionam a necessidade de implementar no Estado um sistema de rastreio do câncer colorretal em indivíduos com mais de 45 anos de idade.

Ao lado de Alex R. Moura, também proctologista do Hospital EBSERH, o estudo tem participação dos pesquisadores Mayara E. G. Lopes, Mylena S. Dantas, Adriane D. Marques, Érika de A. C. Britto, Marcela S. Lima, Hianga F. F. Siqueira, Ana C. R. Lisboa e Fernanda V. S. Moreira como coautores, além de Carlos A. Lima como autor senior.

Referências: Number of deaths from colorectal cancer separated by topography, percentage and age-standardized rate in periods (1990 to 1999, 2000 to 2009 and 2010 to 2019) in Sergipe. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0298100

 

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