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AtualizadoQui, 02 Maio 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2018

Imunoterapia mostra novos resultados no câncer de pulmão

Gilberto Lopes perfil bxO estudo de fase III KEYNOTE-042 foi um dos Late Breaking Abstracts selecionados para a Sessão Plenária da ASCO 2018, em apresentação do brasileiro Gilberto Lopes (foto), oncologista do Sylvester Comprehensive Cancer Center, da Universidade de Miami. Os resultados mostram eficácia de pembrolizumabe frente à quimioterapia como tratamento inicial no câncer de pulmão, mesmo em pacientes com baixa expressão de PD-L1 (≥ 1%), evidenciando ganho de sobrevida (16,7 vs. 12,1 meses), com menos efeitos colaterais que a quimioterapia (18% vs 41%).

Com base nos resultados de um estudo clínico anterior (KEYNOTE-024), a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) aprovou o anti-PD-1 pembrolizumabe para tratamento inicial do CPNPC em tumores com alta expressão de PD-L1 (≥50%). Agora, novos dados ampliam a compreensão da imunoterapia com pembrolizumabe na oncologia torácica.

Neste estudo, 1.274 pacientes com CPNPC localmente avançado ou metastático foram estratificados por região (Asia oriental vs outras regiões), histologia (escamoso vs não escamoso) e expressão de PD-L1 no tumor (TPS ≥50% vs TPS 1-49%), randomizados 1:1 para receber ≤35 ciclos de pembro ou quimioterapia (paclitaxel+carboplatina ou pemetrexede+carboplatina). O estudo não considerou tumores EGFR mutados e com translocação ALK.

A análise avaliou os benefícios do tratamento com imunoterapia, de acordo com a expressão de PD-L1 nos pacientes do braço experimental: ≥50% (599 pacientes), ≥20% (818 pts) e ≥1% (1.274 pts).

Após acompanhamento pela mediana de 12,8 meses, pembrolizumabe mostrou impacto na sobrevida global, independentemente da expressão de PD-L1, mas com benefício superior quando o nível de expressão de PD-L1 foi maior. Em pacientes com alta expressão de PD-L1 (≥50%), a sobrevida foi de 20 meses com pembrolizumabe vs 12,2 meses com quimioterapia. Em pacientes com PD-L1 ≥ 20%, a SG foi de 17,7 meses vs 13 meses, novamente com benefício superior da imunoterapia. Mesmo aqueles com baixa expressão de PD-L1 (≥1%) se beneficiaram do tratamento com pembrolizumabe, com sobrevida de 16,7 meses vs. 12,1 meses (veja quadro).

"Um grande número de pacientes com câncer de pulmão tem agora uma opção de tratamento mais eficaz e com menos efeitos colaterais que a quimioterapia padrão", disse Gilberto Lopes, principal autor do estudo. "Nosso estudo mostra que pembrolizumabe fornece mais benefícios que a quimioterapia para dois terços de todas as pessoas com o tipo mais comum de câncer de pulmão".

Pesquisas em andamento avaliam se pembrolizumabe combinado com quimioterapia é melhor que pembro isoladamente em pacientes que expressam PD-L1, assim como avaliam o uso de pembrolizumabe adjuvante e em esquemas de combinação. O KEYNOTE-042 recebeu financiamento da Merck (NCT02220894).


  PD-L1 TPS
≥50% ≥20%

≥1%
Pembro
N = 299
Chemo
N = 300

Pembro
N = 413

Chemo
N = 405

Pembro
N = 637

Chemo
N = 637

OS
HR (95% CI) 0.69 (0.56-0.85) 0.77 (0.64-0.92)

0.81 (0.71-0.93)

P

.0003

.0020

.0018

Median (95% CI), mo

20.0 
(15.4-24.9)

12.2
(10.4-14.2)

17.7 
(15.3-22.1)

13.0
(11.6-15.3)

16.7
(13.9-19.7)

12.1
(11.3-13.3 )

               


Referências:

Abstract LBA4: Pembrolizumab (pembro) versus platinum-based chemotherapy (chemo) as first-line therapy for advanced/metastatic NSCLC with a PD-L1 tumor proportion score (TPS) ≥ 1%: Open-label, phase 3 KEYNOTE-042 study.

Plenary Session Including the Science of Oncology Award and Lecture

Apresentação: Gilberto Lopes, Sylvester Comprehensive Cancer Center, University of Miami Health System

Domingo, 3 de junho

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