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Coberturas Especiais

Um novo estudo mostrou que a combinação de everolimus e lanreotida estendeu a sobrevida livre de progressão (SLP) de pacientes com alguns tipos de tumores neuroendócrinos no pâncreas ou no trato gastrointestinal (GEP-NETs) quando comparado a everolimus sozinho. A pesquisa tem como investigador principal o médico Susumu Hijioka (foto), do centro de oncologia do National Cancer Center Hospital, em Tóquio, Japão, e é um dos destaques do simpósio ASCO GI 2025, que acontece de 23 a 25 de janeiro em São Francisco, Califórnia.

Um teste experimental de triagem do câncer colorretal baseado no sangue detectou de forma eficaz e precisa o risco de câncer colorretal em adultos com 45 anos ou mais em uma população de risco intermediário. A pesquisa é um dos destaques do programa científico do simpósio ASCO GI 2025, que acontece de 23 a 25 de janeiro em São Francisco, Califórnia. “Um exame de sangue tem o potencial de melhorar as taxas de triagem do câncer colorretal”, analisa Aasma Shaukat (foto), da NYU Grossman School of Medicine, principal autora do estudo.

Na primeira análise interina, o estudo global MATTERHORN mostrou uma melhoria estatisticamente significativa na resposta patológica completa (pCR) com durvalumabe + FLOT (5-fluorouracil, leucovorina, oxaliplatina e docetaxel) perioperatório versus placebo + FLOT em pacientes com câncer gástrico e de junção esofagogástrica (JEG). Agora, no ASCO GI 2024, foram apresentadas análises de subgrupos por região e país para avaliar as taxas de pCR com FLOT e o benefício de durvalumabe + FLOT em toda a população global do estudo. O trabalho tem participação da oncologista brasileira Sulene Oliveira (foto), do serviço de pesquisa clínica da Liga Norte Riograndense Contra o Câncer.

esofago 24Estudo multicêntrico, randomizado, aberto, de Fase 3 buscou avaliar o papel do camrelizumabe neoadjuvante mais quimioterapia seguida de camrelizumabe adjuvante, versus quimioterapia neoadjuvante isolada em pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago localmente avançado ressecável. Os resultados foram selecionados para apresentação em sessão oral no ASCO GI 2024.

gastroesofagica bxO ensaio multicêntrico de Fase 3 DOC GC avaliou a eficácia de docetaxel-oxaliplatina-capecitabina/5 fluorouracil (DOC/F) seguido de docetaxel versus CAPOX/mFOLFOX-7 em pacientes com adenocarcinoma gástrico e de junção esofagogástrica (JEG) avançado e função adequada de órgãos-alvo. Os resultados apresentados em sessão oral no ASCO GI 2024 não demonstraram melhora na sobrevida global com a adição de docetaxel ao regime duplo compreendendo 5-fluorouracil/capecitabina e oxaliplatina.

juliana florinda rêgo 22 bxEnsaio randomizado de fase 3 (EMERALD-1) mostrou benefício clínico e estatisticamente significativo do tratamento com durvalumabe + bevacizumabe em pacientes com carcinoma hepatocelular irressecável (uHCC) elegíveis para quimioembolização transarterial (TACE), com sobrevida livre de progressão (SLP) mediana de 15,0 vs 8,2 meses em relação a TACE isoladamente (HR = 0,77). Este é o primeiro regime baseado em inibidores de checkpoint imune a mostrar ganho de SLP nessa população, com potencial de estabelecer um novo padrão no uHCC. “O EMERALD-1 foi o primeiro estudo de fase III a mostrar ganho significativo em SLP ao associar durvalumabe e bevacizumabe ao TACE”, observa a oncologista Juliana Florinda Rego (foto).

rachel 22Resultados do ensaio clínico de Fase 3 NETTER-2 apresentados no ASCO GI 2024 demonstraram que o tratamento em primeira linha com o radioligante [177Lu]Lu-DOTA-TATE melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e as taxas de resposta objetiva em pacientes com tumores neuroendócrinos gastroenteropancreáticos de alto grau, potencialmente estabelecendo um novo padrão de tratamento. “Este é o primeiro estudo de fase 3 a avaliar a terapia com radioligantes no cenário de primeira linha para qualquer tumor sólido metastático”, afirmaram os autores. A oncologista Rachel Riechelmann (foto) analisa os resultados. 

adriano teixeiraO oncologista Adriano Fernandes Teixeira (foto) é primeiro autor de estudo multicêntrico selecionado para apresentação em pôster no ASCO GI 2024 que avaliou a relação entre o uso de bloqueadores dos receptores da angiotensina (BRA) com o aumento do risco de diarreia grave e/ou enterocolite em pacientes com câncer colorretal tratados com CAPOX. A oncologista Rachel Riechelmann é autora sênior do trabalho.

Maysa VilbertA oncologista brasileira Maysa Vilbert (foto) é primeira autora de estudo que buscou identificar os pacientes com carcinoma espinocelular de esôfago avançado que poderiam derivar maior benefício do tratamento de primeira linha com a combinação de inibidores de checkpoint imune (anti-PD1/PD-L1) e quimioterapia. Os resultados foram selecionados para apresentação em pôster no ASCO GI 2024.

cancer gastrico NET OKEstudo multicêntrico de fase 2 (EPOC 2003) realizado por pesquisadores japoneses avaliou a atividade clínica e segurança do tratamento neoadjuvante com trastuzumabe deruxtecana (T-DXd) no câncer gástrico e de junção esofagogástrica (JEG) localmente avançado. Os resultados apresentados no ASCO GI 2024 indicam que a monoterapia com T-DXd mostrou atividade modesta nessa população de pacientes, com achados que devem embasar novas pesquisas, agora em esquemas de combinação.