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ASCO 2021

DESTINY-Gastric01: resultados finais de sobrevida global

Duilio Rocha 2020 ok 2DESTINY-Gastric01 é um estudo aberto, multicêntrico, randomizado, de fase II, que avalia trastuzumabe-deruxtecan em pacientes com câncer gástrico avançado ou adenocarcinoma de junção gastroesofágica HER2-positivo. No ASCO 2021 foi apresentada a análise final de sobrevida global, bem como dados de eficácia e segurança atualizados. “A atualização do estudo DESTINY-Gastric01 confirma a eficácia identificada na publicação original, com dados surpreendentes de sobrevida, taxa de resposta e duração de resposta em uma população politratada”, avalia o oncologista Duilio Rocha Filho (foto), chefe do Serviço de Oncologia Clínica do Hospital Universitário Walter Cantídio (UFC-CE) e membro da diretoria do Grupo Brasileiro de Tumores Gastrointestinais (GTG).

Na análise primária (101 eventos de SG; mediana de acompanhamento de sobrevida 12,3 meses), o T-DXd mostrou benefício estatisticamente significativo em relação à quimioterapia padrão na taxa de resposta objetiva (ORR) e sobrevida global (Shitara K, et al. N Engl J Med. 2020; 382: 2419-2430).

Pacientes com câncer gástrico (GC) ou de junção gastroesofágica (GEJ) localmente avançado ou metastático HER2-positivo, confirmado centralmente (IHC3+ ou IHC2+/ISH+ em tecido de arquivo) qcujo tumor progrediu após ≥2 linhas anteriores de terapia incluindo trastuzumabe foram randomizados 2: 1 (T-DXd 6,4 mg/kg Q3W ou escolha do médico [PC] entre irinotecano [I] ou paclitaxel [P]).

Os pacientes foram estratificados por país, performance status ECOG (0, 1) e status HER2. O endpoint primário foi a taxa de resposta objetiva (ORR) por revisão central independente. Os principais desfechos secundários foram sobrevida global, duração da resposta (DOR), sobrevida livre de progressão (SLP), taxa de controle da doença (DCR), ORR confirmada e segurança. A análise final de sobrevida global foi realizada em 133 eventos de SG.

Resultados

187 pacientes receberam T-DXd (n = 125) ou tratamento de escolha do médico (n = 62 [55 I; 7 P]); 79,7% dos pacientes eram japoneses e 20,3% coreanos. Os pacientes tinham recebido uma mediana de 2 linhas de tratamento anteriores e 44,4% tinham ≥3.

No cutoff de dados (3 de junho de 2020), 8% dos pacientes em T-DXd e 0% em PC permaneceram em tratamento (mediana de acompanhamento de sobrevida, 18,5 meses). A sobrevida global foi melhorada com T-DXd vs PC (mediana de SG, 12,5 vs 8,9 meses; hazard ratio [HR], 0,60 [95% CI, 0,42-0,86]); com SG em 12 meses de 52,2% vs 29,7%.

A taxa de resposta objetiva foi de 51,3% (61/119; 11 CR; 50 PR) com T-DXd vs 14,3% (8/56; todo PR) com PC (P <0,0001); ORR confirmada, 42,0% (50/119; 10 CR; 40 PR) vs 12,5% (7/56; todo PR) (P = 0,0001); taxa de controle de doença 86,6% vs 62,5% (P = 0,0003); mediana de duração de resposta confirmada, 12,5 vs 3,9 meses; e mediana de SLP 5,6 vs 3,5 meses (HR, 0,47 [IC 95%, 0,31-0,71]; P = 0,0003).

Eventos adversos graus ≥3 ocorreram em 85,6% dos pacientes T-DXd vs 56,5% com PC; os mais comuns foram diminuição da contagem de neutrófilos (49,6%, 22,6%), anemia (38,4%, 22,6%) e diminuição da contagem de leucócitos (20,8%, 11,3%). Dezesseis pacientes (12,8%) tinham doença pulmonar intersticial relacionada ao T-DXd (DPI; 13 grau 1/2, 2 grau 3, 1 grau 4, nenhum grau 5) vs 0 com PC. Conforme relatado na análise primária, houve 1 morte relacionada ao T-DXd por pneumonia (não-DPI).

“Com acompanhamento adicional após a análise primária, o T-DXd no adenocarcinoma gástrico ou de junção gastroesofágica avançado HER2-positivo continuou a demonstrar benefício de sobrevida global e melhora clinicamente relevante na taxa de resposta objetiva em comparação com a quimioterapia padrão, e um perfil de segurança administrável”, afirmam os autores.

“O T-DXd traz um avanço importante para os pacientes com adenocarcinoma esofagogástrico HER2-positivo. O mecanismo de ação da droga, que, em teoria, não exige níveis elevados de expressão de HER2 pela célula tumoral, é interessante em pacientes com câncer esofagogástrico, em quem a expressão de HER2 é comumente heterogênea”, destaca Duilio.

O oncologista observa que o estudo foi conduzido exclusivamente no Japão e na Coreia, o que traz alguma dúvida quanto à extrapolação dos dados para a população ocidental. “A aparente menor sensibilidade ao tratamento da população HER2 2+/ISH+, em comparação com o grupo HER2 3+, e a possível toxicidade pulmonar são outros aspectos a serem observados”, conclui.

O estudo foi financiado pela Daiichi Sankyo, Pharmaceutical / Biotech Company.

Informações do ensaio clínico: NCT03329690

Referência: Abstract 4048 - Trastuzumab deruxtecan (T-DXd; DS-8201) in patients with HER2-positive advanced gastric or gastroesophageal junction (GEJ) adenocarcinoma: Final overall survival (OS) results from a randomized, multicenter, open-label, phase 2 study (DESTINY-Gastric01). - Kensei Yamaguchi et al - Citation: J Clin Oncol 39, 2021 (suppl 15; abstr 4048) - DOI: 10.1200/JCO.2021.39.15_suppl.4048
Session Type: Poster Session - Gastrointestinal Cancer—Gastroesophageal, Pancreatic, and Hepatobiliary

 

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