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AtualizadoSex, 26 Abr 2024 5pm

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Daichii Sankyo

 

ASCO 2023

Combinação de enfortumabe vedotina + pembrolizumabe apresenta resultados de longo prazo no câncer urotelial avançado

jose mauricio 21 bxApesar das opções terapêuticas disponíveis, que incluem quimioterapia à base de carboplatina, monoterapias com inibidores de PD-1/PD-L1 e manutenção com avelumabe, há uma necessidade não atendida de terapias eficazes para o tratamento de primeira linha (1L) para pacientes com câncer urotelial localmente avançado ou metastático (la/mUC) inelegíveis para cisplatina. Agora, no ASCO 2023, foram apresentados resultados que confirmam o benefício da combinação de enfortumabe vedotina e pembrolizumabe nessa população de pacientes. José Mauricio Mota (foto), chefe do grupo de tumores geniturinários do ICESP/FMUSP e Oncologia D’Or, analisa os resultados.

Tanto enfortumabe vedotina (EV) quanto pembrolizumabe (Pembro) mostram benefício de sobrevida como monoterapias para pacientes com la/mUC previamente tratados. A combinação de EV+P mostrou perfil de segurança administrável e atividade antitumoral promissora no Estudo EV-103 Dose Escalation/Coorte A (DE/A) e Coorte K. No ASCO 2023, resultados atualizados de segurança e eficácia (RECIST v1.1) avaliados por revisão central independente e cega (BICR) após quase 4 anos de acompanhamento, além de dados de sobrevida correlacionados com terapias subsequentes para DE/A.

Neste estudo de fase 1b/2 em andamento, pacientes com la/mUC inelegíveis para cisplatina 1L receberam ciclos de 3 semanas de EV 1,25 mg/kg (dias 1, 8) em combinação com P (dia 1). O endpoint primário foi a segurança/tolerabilidade. Os principais desfechos secundários incluíram taxa de resposta global confirmada (cORR), duração de resposta (DOR), taxa de controle da doença (DCR) sobrevida livre de progressão (SLP), todos por RECIST v1.1 por BICR e investigador), além de sobrevida global (SG). Dados de segurança também foram apresentados.

Resultados

Na coorte analisada, 45 pacientes com la/mUC (idade média de 69 anos [51-90]) receberam tratamento de 1L. Todos os pacientes descontinuaram o tratamento e 18 participantes permaneceram no estudo (seguimento mediano de 47 meses).

Em relação à segurança, os eventos adversos mais comuns relacionados ao tratamento com EV foram reações cutâneas (66,7%), neuropatia periférica (62,2%) e distúrbios oculares (40,0%). Os eventos adversos emergentes do tratamento mais comuns atribuídos ao pembrolizumabe foram reações cutâneas graves (24,4%), pneumonite (8,9%), colite (6,7%) e hipotireoidismo (6,7%). Sessenta por cento dos pacientes receberam terapias subsequentes relacionadas ao câncer, incluindo terapia sistêmica (48,9%), cirurgia (8,9%) e radioterapia paliativa (8,9%). As terapias sistêmicas mais comuns na segunda linha foram Pembrolizumabe (17,8%), terapia à base de carboplatina (11,1%) e EV (6,7%).

Em conclusão, EV+P continua a demonstrar tendência de sobrevida promissora, com respostas rápidas e duradouras em pacientes com la/mUC inelegíveis para cisplatina. O acompanhamento mais prolongado demonstrou que o perfil de eventos adversos já conhecido, sem novas preocupações de segurança.

Os autores destacam que esses resultados estão de acordo com os dados de DE/A relatados anteriormente e apoiam a avaliação de EV+P em estudos de fase 3 em andamento no câncer urotelial.

Segundo Mota, a combinação de pembrolizumabe + enfortumabe vedotina em primeira linha em pacientes inelegíveis à cisplatina poderá ser no futuro uma nova opção de tratamento para os pacientes no Brasil, pendente ainda a aprovação pelas agências regulatórias locais. “Em Abril de 2023, a U.S.Food and Drug Administration aprovou de forma provisória o uso dessa combinação nos Estados Unidos. O estudo de fase 3 EV-302 irá avaliar o impacto em sobrevida livre de progressão e sobrevida global da combinação de EV + Pembro em comparação com quimioterapia baseada em platina”, afirma.

Informações sobre este ensaio clínico: NCT03288545.

Referência: Study EV-103 dose escalation/cohort A: Long-term outcome of enfortumab vedotin + pembrolizumab in first-line (1L) cisplatin-ineligible locally advanced or metastatic urothelial carcinoma (la/mUC) with nearly 4 years of follow-up.
First Author: Shilpa Gupta
Meeting: 2023 ASCO Annual Meeting
Session Type: Oral Abstract Session
Session Title: Genitourinary Cancer—Kidney and Bladder
Track: Genitourinary Cancer—Kidney and Bladder
Sub Track: Urothelial Cancer - Advanced/Metastatic Disease
Clinical Trial Registration Number: NCT03288545
Citation: J Clin Oncol 41, 2023 (suppl 16; abstr 4505)
DOI: 10.1200/JCO.2023.41.16_suppl.4505
Abstract #: 4505

 

 
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