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AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

SAN ANTONIO 2023

AMBER: Padrão de sono e qualidade de vida em pacientes com câncer de mama recém-diagnosticado

sonoAnálise selecionada para a Poster Spotlight Sessions no SABCS 2023 investigou as associações da saúde do sono, caracterizada pela duração do sono, horário do sono e uma série de métricas de qualidade do sono (latência, eficiência, perturbação, medicação, disfunção diurna) com o bem-estar físico e mental em mulheres recém diagnosticadas com câncer de mama.

“A alta incidência, o envelhecimento e os avanços na detecção precoce e no tratamento clínico levaram a uma crescente população sobrevivente do câncer de mama, particularmente nos países desenvolvidos. Os problemas de sono são comuns e persistem nesta população, afetando mais de 50% das sobreviventes da doença. Uma boa saúde do sono é caracterizada pela duração do sono, pelo horário e pela qualidade do sono, e essas três dimensões não estão necessariamente correlacionadas entre si”, esclareceram os autores.

Neste estudo, pacientes com câncer de mama recém-diagnosticadas com doença em estágio inicial foram recrutadas entre 2012-2019 em Edmonton e Calgary, Canadá, e preencheram o Pittsburg Sleep Quality Index (PSQI) para avaliar a duração e o tempo habituais do sono, bem como a latência do sono, eficiência, perturbação, medicação e disfunção diurna.

Para medir a qualidade de vida, os participantes preencheram o SF-36 version-2 para avaliar o seu bem-estar físico e mental. Regressões lineares multivariadas foram utilizadas para estimar a associação das características do sono com o bem-estar físico e mental, ajustando para fatores sociodemográficos, de doenças, clínicos e comportamentais de estilo de vida.

Resultados

Entre 1.409 sobreviventes de câncer de mama, 41% relataram duração de sono curta ou longa (< 6 ou ≥9 h/d), 41% relataram dormir habitualmente depois das 23h, 56% relataram que a eficiência do sono era < 85%, 80% relataram perturbação do sono mediana (vs. muito bom), 35% relataram ter tomado medicação para dormir no último mês e 71% relataram função diurna bastante boa, bastante ruim ou muito ruim (vs. muito boa).

No modelo multivariável, sono curto (≤6/d) foi associado a pior bem-estar mental (-3,6, IC 95%: -4,7, -2,4), mas não ao bem-estar físico (- 1,5, IC 95%: - 2,3,-0,7). Não foram encontradas diferenças clinicamente significativas na qualidade de vida no que diz respeito ao horário de sono. As métricas que caracterizam a qualidade do sono abaixo do ideal foram associadas a um pior bem-estar físico e mental, com associações mais fortes observadas para o bem-estar da saúde mental.

Notavelmente, apenas 20% e 29% das mulheres foram classificadas como “muito boas” nas medidas de distúrbios do sono e disfunções diurnas, respectivamente. No entanto, mesmo distúrbios do sono e disfunções diurnas “razoavelmente bons” foram associados a piora estatisticamente e clinicamente significativas do bem estar físico (-3, 95% CI: -3,8, -2,2) e mental (-8, 95% CI: -9, -7).

“O horário do sono não parece afetar a qualidade de vida de maneira clinicamente significativa em mulheres recém-diagnosticadas com câncer de mama. Em contraste, a curta duração do sono e a pior qualidade do sono foram fortemente associadas a um pior bem-estar mental nestas mulheres. Intervenções direcionadas para melhorar o sono podem levar a melhorias na qualidade de vida entre mulheres com câncer de mama recém-diagnosticado”, concluíram os autores.

Referência: PS02-04 Associations of sleep health with quality of life among women with newly diagnosed breast cancer: baseline results from the AMBER cohort study
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