09052024Qui
AtualizadoQui, 09 Maio 2024 3pm

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Daichii Sankyo

 

Imuno-oncológicos e mortes por COVID-19

covid 4 bxPacientes com câncer e um sistema imune debilitado tratados com imunoterapias tendem a se sair muito pior da COVID-19 do que aqueles que não receberam essas terapias nos três meses anteriores ao diagnóstico de COVID. É o que mostra novo estudo de pesquisadores do Dana-Farber Cancer Institute publicado online no Jama Oncology, indicando que pacientes com câncer imunocomprometidos devem ter cuidado especial para evitar a COVID e, se necessário, devem receber tratamento agressivo.

Os pesquisadores analisaram dados de 12.046 pacientes com COVID-19 e diagnóstico atual ou passado de câncer, a partir dos registros do COVID-19 and Cancer Consortium (CCC19), representando um dos maiores conjuntos de dados já analisados ​​em relação a pacientes com câncer e COVID-19.

A análise revelou que pacientes imunocomprometidos tratados com imunoterapia tiveram tanto maior número de casos de hospitalização ou morte por COVID-19, quanto maior número de casos de “tempestade de citocinas”, uma reação exagerada potencialmente perigosa do sistema imunológico à infecção.

"Tanto a tempestade de citocinas quanto a morte por COVID foram três a quatro vezes maior neste grupo", disse Chris Labaki, médica do Dana-Farber e co-autora principal do artigo.  A mesma tendência se manteve, mas em menor grau, para pacientes imunocomprometidos que receberam determinados tratamentos sistêmicos. "Neste grupo, a tempestade de citocinas e a morte por COVID foram duas a três vezes maior do que em pacientes não tratados”, acrescentou.

Para os autores do estudo, os achados têm implicações evidentes. “Pacientes com alto risco de COVID grave devem tomar medidas para manter esse risco o mais baixo possível: usar máscara, evitar lugares lotados, manter-se atualizado com vacinas e reforços”, alertam os pesquisadores. "Pacientes de alto risco que foram expostos à doença devem ser testados rapidamente e, se forem positivos, devem ser tratados com anticorpos ou medicamentos que possam reduzir a gravidade da doença", recomendam.

"Quando aconselhamos os pacientes sobre o tratamento, é importante discutir os benefícios e riscos de imuno-oncológicos e terapias sistêmicas em relação a COVID-19", disse Toni Choueiri, que também é co-autor e faz parte do comitê diretor do CCC19.

Referência: Bakouny Z, Labaki C, Grover P, et al. Interplay of Immunosuppression and Immunotherapy Among Patients With Cancer and COVID-19. JAMA Oncol. Published online November 03, 2022. doi:10.1001/jamaoncol.2022.5357

 

 

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