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AtualizadoQui, 02 Maio 2024 7pm

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Daichii Sankyo

 

Escolhas cirúrgicas e complicações em mulheres idosas

marcio debiasi 23O oncologista brasileiro Marcio Debiasi (foto) é coautor de análise retrospectiva que descreve os padrões cirúrgicos e os resultados de uma população idosa com diagnóstico de câncer de mama inicial tratada na Unidade de Mama do Champalimaud Clinical Center, em Lisboa. Os resultados foram publicados no European Journal of Plastic Surgery.

“O câncer de mama inicial em idosos é um importante problema de saúde pública e um fator de risco para subtratamento”, observam os autores.

O estudo retrospectivo considerou todas as pacientes com 70 anos ou mais diagnosticadas com câncer de mama inicial submetidas à cirurgia mamária entre 2018 e 2021. Todas as pacientes incluídas foram submetidas à ferramenta de triagem G8 (The screening questionnaire Geriatric 8). Dados demográficos, tipos de cirurgia realizada e desfechos cirúrgicos foram coletados.

Resultados

Foram incluídas 192 pacientes. As pacientes consideradas frágeis, definidas como G8-score menor ou igual a 14, eram significativamente mais velhas (p<0,01), apresentavam piores escores do Índice de Comorbidade de Charlson (p<0,01) e ASA (p<0,01) e mais comorbidades (p=0,09). No total, 199 mamas foram operadas; 173 cirurgias conservadoras de mama (CCM) e 26 mastectomias. Na população frágil, a cirurgia oncoplástica após cirurgia conservadora mais frequente foi a mamoplastia; nenhuma reconstrução foi relatada após mastectomia.

No grupo considerado fit, foi observado maior diversidade nos procedimentos oncoplásticos; 13 mamas foram submetidas à reconstrução mamária direta com implante após mastectomia. Pacientes frágeis tiveram menor probabilidade de receber reconstrução mamária direta com implante (p<0,01). Não houve associação entre fragilidade e complicações pós-operatórias, tempo de internação hospitalar, readmissão ou reintervenção, provavelmente em virtude da adequação dos procedimentos selecionados para estas pacientes.

“Nossos resultados sugerem que as pacientes consideradas frágeis pela ferramenta G8 têm menor probabilidade de receber reconstrução mamária direta com implante. A ausência de diferenças na frequência de complicações cirúrgicas entre os grupos provavelmente se deve a adequada seleção de pacientes para procedimentos mais complexos tais como reconstrução mamária. A triagem do G8 pode ser um instrumento útil para apoiar a decisão do cirurgião de considerar ou não a reconstrução mamária direta com implante em pacientes idosas com câncer de mama”, concluíram os autores.

Referência: Machado e Costa, P., Debiasi, M., da Silva Reus, B. et al. Surgical choices and complications in elderly women: a single center retrospective analysis in frail vs. non frail breast cancer patients. Eur J Plast Surg (2023). https://doi.org/10.1007/s00238-023-02122-9

 

 

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