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AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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QT NEO e reconstrução mamária imediata com retalho do músculo latíssimo do dorso e implante de silicone

gabriel salum dalessandroGabriel Salum D'Alessandro (foto), mastologista e cirurgião plástico do Instituto Brasileiro de Controle do Câncer (IBCC) e Hospital Israelita Albert Einstein, é primeiro autor de estudo publicado no Journal of Surgical Oncology que avaliou o impacto da quimioterapia neoadjuvante nos resultados cirúrgicos associados à reconstrução mamária imediata com retalho do músculo latíssimo do dorso e implante de silicone após mastectomia para tratamento do câncer de mama.

“A quimioterapia neoadjuvante (QT NEO) demonstrou eficácia na redução do tamanho de tumores e na facilitação de cirurgias menos extensas. No entanto, a reconstrução mamária imediata (RI) com a técnica reconstrutiva empregada, após QT NEO, levantou preocupações quanto a maiores taxas de complicações, mesmo sem termos encontrado significância estatística”, observaram os autores. “Assim, a técnica pode ser empregada de maneira segura neste cenário; contudo, deve-se selecionar as pacientes de maneira criteriosa, observando-se o perfil de comorbidades associadas, visando diminuir o risco de complicações”, acrescentaram.

Neste estudo, foram revisados casos de um banco de dados prospectivo. Os pacientes foram classificados de acordo com o recebimento ou não da quimioterapia neoadjuvante e foram analisados fatores de risco e complicações maiores e menores em ambos os grupos.

Resultados

Entre as 196 pacientes submetidas a 198 procedimentos de RI, 38,4% receberam QT NEO e 66,6% não receberam o tratamento. A taxa geral de complicações foi de 46,7% no grupo que não recebeu QT NEO e 53,3% no grupo QT NEO (p = 0,650). A presença de comorbidades aumentou a probabilidade de qualquer complicação (odds ratio [OR]: 3,46; 95% CI: 1,38-8,66; p = 0,008), bem como complicações maiores (OR: 3,35; 95% CI: 1,03-10,95; p = 0,045). Embora os pacientes do grupo que recebeu QT NEO tenham apresentado mais complicações maiores (10,5% vs. 4,9%; p = 0,134) e perda precoce da reconstrução mamária (3,9% vs. 0,8%; p = 0,128), esses achados não foram estatisticamente significativos.

“Este estudo não encontrou associação estatisticamente significativa entre quimioterapia neoadjuvante e maior risco de complicações ou perda de RI com retalho do músculo latíssimo do dorso e implante de silicone após a mastectomia”, afirmaram os autores. “O estudo oferece informações de grande valor, que podem ser utilizadas nas discussões com as pacientes, com o objetivo de personalizar e otimizar a RI, adaptando-a à situação individual de cada paciente e levando em consideração também o contexto da quimioterapia neoadjuvante”, concluíram os autores.

Além de Gabriel Salum D'Alessandro (IBCC e Hospital Israelita Albert Einstein), o estudo contou com a participação dos médicos Alexandre Mendonça Munhoz (Hospital Sírio-Libanês e Hospital Moriah), Alejandro Povedano, Fabiana Midori Takeuchi e João Carlos Sampaio Góes (IBCC).

Referência: D'Alessandro GS, Munhoz AM, Takeuchi FM, Povedano A, Góes JCS. Neoadjuvant chemotherapy impact on outcomes in immediate breast reconstruction with latissimus dorsi flap and silicone implant. J Surg Oncol. 2023 Oct 4. doi: 10.1002/jso.27479. Epub ahead of print. PMID: 37792635.


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