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AtualizadoTer, 30 Abr 2024 10pm

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FLAURA2: osimertinibe com ou sem quimioterapia no CPCNP avançado com mutação de EGFR

gilberto lopes 23A combinação de osimertinibe e quimioterapia no tratamento de primeira linha demonstrou uma sobrevida livre de progressão significativamente mais longa em comparação com osimertinibe em monoterapia em pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas avançado com mutação de EGFR. Os resultados são do estudo FLAURA2, publicado dia 08 de novembro na New England Journal of Medicine (NEJM). "O estudo traz mais uma opção de tratamento em primeira linha para pacientes com mutações do EGFR (del19 e L858R)", observa o oncologista Gilberto Lopes (foto). 

No estudo FLAURA2, internacional, aberto, de Fase 3, pacientes com câncer de pulmão de células não pequenas (CPCNP) avançado com mutação de EGFR (deleção do éxon 19 ou mutação L858R) que não haviam recebido anteriormente tratamento para doença avançada foram randomizados (1:1) para receber osimertinibe (80 mg uma vez por dia) com quimioterapia (pemetrexede [500 mg por metro quadrado de área de superfície corporal] mais cisplatina [75 mg por metro quadrado] ou carboplatina [dose farmacologicamente orientada]) ou monoterapia com osimertinibe (80 mg uma vez ao dia). O desfecho primário foi a sobrevida livre de progressão avaliada pelo investigador. A resposta e a segurança também foram avaliadas.

Resultados

Um total de 557 pacientes foram randomizados. A sobrevida livre de progressão avaliada pelo investigador foi significativamente maior no grupo de quimioterapia com osimertinibe em comparação com o grupo que recebeu osimertinibe isoladamente (hazard ratio para progressão da doença ou morte, 0,62; 95% CI, 0,49 a 0,79; P<0,001).

Aos 24 meses, 57% (95% CI, 50 a 63) dos pacientes no grupo osimertinibe-quimioterapia e 41% (95% CI, 35 a 47) daqueles no grupo osimertinibe estavam vivos e livres de progressão. A sobrevida livre de progressão avaliada de acordo com uma revisão central independente e cega foi consistente com a análise primária (hazard ratio, 0,62; 95% CI, 0,48 a 0,80).

Uma resposta objetiva (completa ou parcial) foi observada em 83% dos pacientes no grupo osimertinibe-quimioterapia e em 76% daqueles no grupo osimertinibe; a duração média da resposta foi de 24,0 meses (95% CI, 20,9 a 27,8) e 15,3 meses (95% CI, 12,7 a 19,4), respectivamente.

A incidência de eventos adversos de grau 3 ou superior por qualquer causa foi maior com a combinação em comparação com osimertinibe em monoterapia, em grabde parte motivada por eventos adversos conhecidos relacionados à quimioterapia. O perfil de segurança de osimertinibe mais pemetrexede e um agente à base de platina foi consistente com os perfis estabelecidos dos agentes individuais.

"Pacientes com metástases no sistema nervoso central tiveram benefício em sobrevida livre de progressão, com 53% menos eventos que pacientes recebendo osimertinibe como agente único", ressaltou Gilberto Lopes, Chefe da Divisão de Oncologia Médica no Sylvester Comprehensive Cancer Center/Universidade de Miami. "Mais de 70% dos pacientes e médicos continuam a considerar osimertinibe como agente único o principal tratamento padrão para pacientes com mutações de EGFR, e esperamos maior tempo de seguimento para ver se haverá benefício em sobrevida global", concluiu.

O estudo foi financiado pela AstraZeneca, e está registrado em ClinicalTrials.gov, NCT04035486.

Referência: Planchard D, Jänne PA, Cheng Y, Yang JC, Yanagitani N, Kim SW, Sugawara S, Yu Y, Fan Y, Geater SL, Laktionov K, Lee CK, Valdiviezo N, Ahmed S, Maurel JM, Andrasina I, Goldman J, Ghiorghiu D, Rukazenkov Y, Todd A, Kobayashi K; FLAURA2 Investigators. Osimertinib with or without Chemotherapy in EGFR-Mutated Advanced NSCLC. N Engl J Med. 2023 Nov 8. doi: 10.1056/NEJMoa2306434. Epub ahead of print. PMID: 37937763.

 


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