28042024Dom
AtualizadoSex, 26 Abr 2024 5pm

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Daichii Sankyo

 

Vírus Epstein-Barr e resultados em pacientes com câncer gástrico

epstein barr virusO câncer gástrico associado ao vírus Epstein-Barr (EBVaGC) é um subgrupo molecular que apresenta excelentes resultados após cirurgia para doença localizada. Estudo que buscou caracterizar a prevalência, características clínicas e o prognóstico de pacientes com EBVaGC tratados com quimioterapia citotóxica paliativa mostrou que EBVaGC foi responsável por 5% dos tumores gástricos metastáticos/irressecáveis, com tendência a melhor sobrevida global.

A infiltração de células imunes no EBVaGC reflete a imunogenicidade do vírus Epstein-Barr (EBV) e, como sugerido por alguns investigadores, a capacidade de resposta aos inibidores de checkpoint imune no cenário paliativo.

Neste estudo retrospectivo, os pesquisadores identificaram 1.061 pacientes com câncer gástrico (GC) irressecável metastático, recorrente ou localmente avançado, que iniciaram quimioterapia de primeira linha com fluoropirimidina/platina (FP) com ou sem trastuzumabe, de janeiro de 2015 a agosto de 2018. Para 766 pacientes com tecido tumoral disponível, a presença de EBV em células cancerígenas foi avaliada por hibridização in situ de RNA codificado por EBV. A análise foi correlacionada com características clínicas e resultados do tratamento.

Entre os pacientes avaliados (n = 766), os autores descrevem que 40 (5,0%) eram positivos para EBV. O EBVaGC foi associado ao sexo masculino (p = 0,009) e menor relação neutrófilos-linfócitos (NLR < 2,46, p = 0,03).

Os resultados mostram que a eficácia da quimioterapia FP de primeira linha em termos de taxa de resposta e sobrevida livre de progressão (SLP) não diferiu entre EBVaGC e câncer gástrico negativo para EBV (taxa de resposta global: 53,8% vs. 51,8%, p = 0,99; mediana de SLP: 6,4 vs. 6,7 meses, p = 0,90). No entanto, a sobrevida global tendeu a ser melhor em pacientes EBVaGC do que entre aqueles com câncer gástrico negativo para EBV (16,4 vs. 14,0 meses, p = 0,07).

“O EBVaGC foi responsável por 5% dos GC metastáticos/irressecáveis. Embora o EBVaGC não tenha sido associado a uma melhor resposta ou SLP após quimioterapia citotóxica de primeira linha, mostrou tendência para melhor sobrevida global”, concluem os autores.

Referência: Kim, E.J., Chae, H., Park, YS. et al. Clinical outcomes of Epstein–Barr virus (EBV)-associated metastatic and locally advanced unresectable gastric cancers (GCs) in patients receiving first-line fluoropyrimidine and platinum (FP) doublet chemotherapy. Gastric Cancer (2023). https://doi.org/10.1007/s10120-023-01445-7


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