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AtualizadoQua, 01 Maio 2024 11pm

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Valor prognóstico do número de linfonodos examinados em pacientes com adenocarcinoma ampular

vivian resendeVivian Resende (foto), professora titular do Departamento de Cirurgia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais, é primeira autora de estudo multicêntrico que avalia o número limite de linfonodos examinados no adenocarcinoma ampular para comparar a precisão do prognóstico de vários esquemas de classificação nodal em relação ao prognóstico a longo prazo. Os resultados foram publicados no Journal of Gastrointestinal Surgery.

A doença metastática nos linfonodos regionais (LNs) é um forte indicador de piores resultados entre os pacientes com adenocarcinoma ampular após a ressecção com intenção curativa.

Nesse estudo, pacientes submetidos à pancreatoduodenectomia (DP) para adenocarcinoma ampular (2004–2019) foram identificados usando o National Cancer Database. Curvas de suavização de gráficos de dispersão de regressão ponderada localmente (LOWESS) foram usadas para determinar o ponto de corte ideal para linfonodos examinados (ELNs) e a precisão da classificação N do American Joint Committee on Cancer, da razão LN e da razão de transformação de log odds (LODDS) para estratificar os pacientes em relação à sobrevida foi examinada.

Resultados

Entre 8.127 pacientes com adenocarcinoma ampular, 67% eram do sexo masculino, com mediana de 67 anos (IQR, 59-74). Os tumores foram mais frequentemente classificados como T3 (34,9%), seguido de T2 (30,6%); T1 (12,9%) e T4 (17,6%) foram menos comuns. Metástase de linfonodos foi identificada em 4.606 pacientes (56,7%). Entre os pacientes com doença nodal, 37,0% e 19,7% apresentavam doença N1 e N2, respectivamente.

As curvas LOWESS identificaram um ponto de corte de inflexão no risco de sobrevida em 20 linfonodos examinados. O benefício de sobrevida de 20 linfonodos examinados foi mais pronunciado entre pacientes sem metástase de linfonodo versus pacientes com doença N1 (mediana de sobrevida global [SG]: 54,1 meses [IQR, 45,9–62,1] em ≥20 ELNs vs 39,0 meses [IQR, 35,8–42,2] em <20 ELNs; P < 0,001) ou doença N2 (SG mediana: 22,5 meses [IQR, 18,9–26,2] em ≥20 ELNs vs 25,4 meses [IQR, 23,3–27,6] em <20 ELNs; P < 0,001). Ao comparar os 4 esquemas diferentes de classificação N, o esquema de classificação LODDS produziu a maior capacidade preditiva.

“A avaliação de um mínimo de 20 linfonodos foi necessária para estratificar os pacientes com adenocarcinoma ampular em relação ao prognóstico e minimizar a migração do estágio. O esquema de classificação nodal LODDS apresentou a maior acurácia prognóstica para diferenciar a sobrevida entre pacientes após pancreatoduodenectomia para adenocarcinoma ampular”, concluíram os autores.

O estudo foi financiado, em parte, pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior – Brasil (CAPES). Além de Vivian, o estudo tem participação do médico brasileiro Henrique Araújo Lima, também da UFMG.

Referência: Vivian Resende, Yutaka Endo, Muhammad Musaab Munir, Mujtaba Khalil, Zayed Rashid, Henrique Araújo Lima, Karol Rawicz-Pruszyński, Muhammad Muntazir Mehdi Khan, Erryk Katayama, Diamantis I. Tsilimigras, Timothy M. Pawlik, Prognostic value of nodal staging classification and number of examined lymph nodes among patients with ampullary cancer, Journal of Gastrointestinal Surgery, Volume 28, Issue 1, 2024, Pages 33-39, ISSN 1091-255X, https://doi.org/10.1016/j.gassur.2023.11.008.

 


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