04052024Sáb
AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

DORA: olaparibe +/- durvalumabe como manutenção sem QT no câncer de mama triplo-negativo avançado

cáncer de mama 2021 bxA combinação de inibição de PARP com ou sem bloqueio do PD-L1 como terapia de manutenção livre de quimioterapia mostrou benefício clínico sustentado em pacientes com câncer de mama triplo-negativo avançado (aTNBC) sensível à quimioterapia à base de platina, independentemente da mutação germinativa BRCA ou do status PD-L1. Os resultados são do estudo de Fase 2 DORA, publicado no periódico Clinical Cancer Research.

“A inibição de PARP é uma estratégia de manutenção estabelecida em alguns tipos de tumor, mas as evidências são limitadas no câncer de mama triplo-negativo avançado (TNBC)”, observaram os autores.

No estudo não comparativo de Fase 2 DORA (NCT03167619), pacientes com doença estável (SD) em curso ou resposta completa/parcial (CR/PR) à quimioterapia de primeira ou segunda linha à base de platina para câncer de mama triplo negativo (≤10% estrogênio/ expressão do receptor de progesterona) foram randomizados 1:1 para receber 300 mg de olaparibe duas vezes ao dia com ou sem 1.500 mg de durvalumabe no dia 1 a cada 4 semanas. O endpoint primário foi a comparação da sobrevida livre de progressão (SLP) versus um controle histórico da terapia continuada à base de platina.

Resultados

45 pacientes foram randomizados (23 para olaparibe isolado, 22 para a combinação; 3 com expressão de receptor de estrogênio/progesterona de 1% a 10%). No acompanhamento médio de 9,8 meses, a mediana de sobrevida livre de progressão da randomização foi de 4,0 meses [IC 95%, 2,6–6,1] com olaparibe e 6,1 meses (IC 95%, 3,7–10,1) com a combinação, ambos significativamente mais longos do que o controle histórico (P = 0,0023 e P < 0,0001, respectivamente).

As taxas de benefício clínico (SD ≥24 semanas ou CR/PR) foram de 44% (IC 95%, 23%–66%) e 36% (IC 95%, 17%–59%) nos braços de monoterapia e combinação, respectivamente. O benefício clínico sustentado foi observado independentemente da mutação germinativa BRCA ou do status PD-L1, mas demonstrou uma tendência de estar associado à resposta completa ou parcial à platina prévia, particularmente no braço com olaparibe isolado. Nenhum novo sinal de segurança foi relatado.

Em síntese, a sobrevida livre de progressão foi mais longa do que o esperado com ambos os regimes. Um subgrupo de pacientes com câncer de mama triplo negativo avançado sensível à platina BRCA selvagem teve controle durável da doença com manutenção sem quimioterapia.

“Estes dados fornecem novas informações sobre o papel da terapia de manutenção para o câncer de mama triplo negativo avançado, oferecendo a possibilidade de um tratamento de longo prazo mais tolerável, evitando alguns dos eventos adversos relacionados com a quimioterapia de regimes mais agressivos”, concluíram os autores.

Referência: Tira J. Tan, Sarah Sammons, Young-Hyuck Im, Lilin She, Kelly Mundy, Robert Bigelow, Tiffany A. Traina, Carey Anders, Joe Yeong, Ezequiel Renzulli, Sung-Bae Kim, Rebecca Dent; Phase II DORA Study of Olaparib with or without Durvalumab as a Chemotherapy-Free Maintenance Strategy in Platinum-Pretreated Advanced Triple-Negative Breast Cancer. Clin Cancer Res 1 April 2024; 30 (7): 1240–1247. https://doi.org/10.1158/1078-0432.CCR-23-2513

 

 

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