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AtualizadoSex, 03 Maio 2024 6pm

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Daichii Sankyo

 

Carga global do câncer uterino de 1990 a 2019

Estudo que buscou avaliar a carga global do câncer uterino de 1990 a 2019 mostrou que a maior taxa de incidência nos últimos 30 anos foi observada em mulheres de 55 a 59 anos e que, entre 204 países e regiões, houve aumento da incidência do câncer uterino em 165 países e aumento de mortes pela doença em 77 países, com profundas variações regionais.

Nesta análise, os pesquisadores reuniram dados do câncer uterino em 204 países e regiões no período 1990-2019, utilizando o conjunto de dados públicos de 2019 do Global Burden of Disease Database (GBD). A análise de regressão foi empregada para identificar o ano das mudanças mais significativas nas tendências globais. Para projetar a trajetória do câncer uterino de 2020 a 2044 foi utilizado o Nordpred, um método de estimativa bem estabelecido para previsão de incidência e mortalidade por câncer. Além disso, o modelo Bayesiano de Idade-Período-Coorte (BAPC) foi implementado para confirmar a estabilidade das previsões.

Os resultados relatados por Song et al. na Frontiers in Oncology mostram que a taxa de incidência padronizada por idade (ASR) para câncer uterino aumentou globalmente de 1990 a 2019, com variação percentual anual média (AAPC) de 0,50%. A ASR por óbito diminuiu no mesmo período (AAPC: -0,8%). Os autores descrevem aumento na incidência em todas as regiões, particularmente nas regiões de Alto Índice Sociodemográfico (ISD) (AAPC: 1,12%), enquanto a ASR para morte diminuiu em todas as regiões, exceto nas regiões de Baixo ISD.

A América do Norte registou a taxa de incidência mais elevada, com uma taxa padronizada por idade (ASR) de 21,1 por 100.000 habitantes, enquanto a Polinésia teve a taxa de mortalidade mais elevada, com ASR de 4,3 por 100.000 habitantes. Globalmente, o câncer uterino aumentou de 8,67 para 9,99 por 100.000 habitantes ao longo das três décadas (1990 a 2019). Em contraste, a ASR da mortalidade diminuiu de 2,6 para 2,09 por 100.000 habitantes neste mesmo período.

Nos últimos 30 anos, a maior taxa de incidência foi observada em mulheres de 55 a 59 anos (AAPC: 0,76%). Entre 204 países e regiões, houve aumento de incidência em 165 países e aumento de mortes em 77 países.

“Nossas projeções sugerem que tanto as taxas de incidência quanto de mortalidade por câncer uterino provavelmente continuarão a diminuir de 2020 a 2044”, estimam os autores.

A análise conclui que o câncer uterino teve impacto negativo significativo na saúde global, influenciado por fatores como localização geográfica, disparidades raciais e relacionadas com a idade, além do índice sociodemográfico.

Em 2015, as Nações Unidas divulgaram os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e estabeleceram a meta de reduzir em um terço a taxa global de mortalidade prematura por doenças não transmissíveis até 2030, incluindo o câncer.

O câncer uterino é o sexto câncer mais prevalente entre as mulheres em todo o mundo, responsável por aproximadamente 4% de todas as mortes relacionadas ao câncer na população feminina, com variações significativas entre regiões geográficas.

Referências: Front. Oncol., 21 April 2024. Sec. Gynecological Oncology, Volume 14 - 2024 | https://doi.org/10.3389/fonc.2024.1361419


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