Onconews - ECHO: acalabrutinibe em primeira linha demonstra resultados de SLP no linfoma de células do manto

Análise provisória do ensaio de Fase 3 ECHO mostrou que o inibidor da tirosina quinase de Bruton (BTK) acalabrutinibe (Calquence, AstraZeneca) em combinação com quimioimunoterapia padrão (bendamustina e rituximabe) conferiu uma melhora estatisticamente e clinicamente significativa na sobrevida livre de progressão (SLP) em pacientes adultos com linfoma de células do manto (LCM) sem tratamento prévio. “Acalabrutinibe é o primeiro inibidor de BTK a mostrar tendência favorável na sobrevida global versus quimioimunoterapia padrão neste cenário”, destacou comunicado divulgado pela farmacêutica Astrazeneca.

ECHO é um ensaio clínico randomizado de Fase 3, duplo-cego, controlado por placebo, multicêntrico, que avalia a eficácia e segurança de acalabrutinibe mais bendamustina e rituximabe em comparação com a quimioimunoterapia padrão (bendamustina e rituximabe) em pacientes adultos com 65 anos ou mais de idade (n = 598) com LCM sem tratamento prévio. Nos braços experimentais, os pacientes foram randomizados 1:1 para receber acalabrutinibe ou placebo administrado por via oral duas vezes ao dia, em ciclos de tratamento de 28 dias, mais bendamustina nos dias 1 e 2 e rituximabe no dia 1.

Após seis ciclos de acalabrutinibe ou placebo em combinação com bendamustina e rituximab, os doentes recebem acalabrutinibe ou placebo mais rituximabe de manutenção durante dois anos, e depois acalabrutinibe ou placebo isolado até à progressão da doença.

O endpoint primário é a sobrevida livre de progressão e os principais endpoints secundários incluem sobrevida global, taxa de resposta global (ORR), duração da resposta (DoR) e tempo de resposta (TTR). O ensaio inclui 27 países nas Américas do Norte e do Sul, Europa, Ásia e Oceania.

“Essas taxas positivas de sobrevida livre de progressão do ensaio ECHO tem potencial de estabelecer um novo padrão de tratamento para pacientes com linfoma de células do manto”, afirmou Michael Wang, codiretor de ensaios clínicos do MD Anderson Cancer Center em Houston, Texas, e investigador principal do estudo. “A incorporação de acalabrutinibe no cenário de primeira linha do linfoma de células do manto daria a muitos mais pacientes a oportunidade de se beneficiar da eficácia robusta e do forte perfil de segurança observado com esse medicamento”, acrescentou.

A segurança e tolerabilidade de acalabrutinibe foram consistentes com o seu perfil de segurança conhecido, sem novos sinais de segurança.

Os dados serão apresentados numa próxima reunião médica e partilhados com as autoridades reguladoras globais.