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No estudo de Fase 3 NIAGARA, durvalumabe (Imfinzi®, AstraZeneca) em combinação com quimioterapia neoadjuvante antes da cistectomia, seguido de durvalumabe adjuvante em monoterapia demonstrou melhoria estatisticamente e clinicamente significativas na sobrevida livre de eventos e sobrevida global em comparação com quimioterapia neoadjuvante em pacientes com câncer de bexiga músculo-invasivo. “Durvalumabe é o primeiro regime de imunoterapia antes e depois da cirurgia a prolongar a sobrevida no câncer de bexiga”, destacou comunicado divulgado pela farmacêutica Astrazeneca.

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou na terça-feira, 25 de junho, projeto de lei que determina a inclusão da imunoterapia no Sistema Único de Saúde (SUS). O projeto (PL 2371/2021) altera a Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990 (Lei Orgânica da Saúde), para incluir a imunoterapia nos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas nos casos em que seu uso tiver resultado "superior ou mais seguro", em comparação às "opções tradicionais" de combate ao câncer.

Daniela Dornelles Rosa (foto), oncologista do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, é autora sênior de revisão sistemática e meta-análise que investigou a presença de variantes raras da linha germinativa em um grupo específico de genes, com o objetivo de determinar sua possível associação com o câncer de mama HER2+. Os resultados mostram que TP53, ATM e CHEK2 foram variantes associadas à predisposição para subtipos HER2+, enquanto BRCA1, BRCA2, PALB2, RAD51C e BARD1 foram variantes associadas à predisposição para baixa expressão de HER2.

Estudo randomizado demonstrou que o monitoramento eletrônico de sintomas baseado em resultados relatados pelo paciente (ePRO) após a cirurgia do câncer de pulmão reduziu a carga de sintomas 12 meses após a alta e melhorou o status funcional em comparação com o tratamento usual. Esses achados de longo prazo ressaltam os efeitos sustentados do gerenciamento intensivo precoce baseado em ePRO e apoiam sua integração na prática de rotina.

Editorial da edição de junho do Lancet analisa 20 anos de progressos no tratamento do câncer de pulmão, desde a aprovação da primeira terapia-alvo direcionada ao EGFR em 2003 e da identificação de mutações somáticas específicas no gene EGFR em 2004, que permitiram a seleção de pacientes e melhoraram drasticamente os resultados. “Até 2000, o câncer de pulmão era uma doença altamente letal”, lembra a publicação, que destaca como a oncologia de precisão tem contribuído para reconfigurar o cenário de tratamento.

Nos Estados Unidos, as taxas de câncer colorretal (CCR) estão diminuindo entre adultos com 50 anos ou mais, mas estudos mostram um aumento de casos entre indivíduos com menos de 50 anos. Para determinar se existem tendências semelhantes em regiões com fatores de risco ​do chamado ‘estilo de vida ocidental’, estudo publicado na Cancers buscou comparar a incidência, mortalidade e as razões mortalidade-incidência do câncer colorretal em países da UE15+. O oncologista brasileiro Gilberto Lopes (foto) é autor sênior do trabalho.

Os resultados de 5 anos do estudo COMBI-AD mostraram que a terapia adjuvante com dabrafenibe mais trametinibe resultou em maior sobrevida livre de recidiva e prolongou a sobrevida livre de metástase à distância na comparação com placebo entre pacientes com melanoma estágio III com mutação BRAF V600. Agora, a análise final, após quase 10 anos de acompanhamento, corrobora esses benefícios e ainda indica que o risco de morte foi 20% menor com a terapia combinada, mas o benefício não foi significativo; entre pacientes com melanoma com mutação BRAF V600E o risco de morte foi 25% menor com a combinação.

O brasileiro Evandro de Azambuja (foto), oncologista do Institut Jules Bordet, na Bélgica, é coautor de estudo publicado no Annals of Oncology, com achados que mostram o valor do status do receptor hormonal e do subtipo em jovens com câncer de mama com variantes patogênicas do BRCA. “As diferenças no padrão de recorrência e no segundo câncer de mama primário entre doença receptor hormonal positiva vs. negativa devem ser consideradas no aconselhamento de pacientes sobre tratamento, acompanhamento e cirurgia de redução de risco”, destacam os autores.

Consenso publicado no ESMO Open traz recomendações sobre o manejo da saúde óssea em pacientes com câncer de próstata. “Os tratamentos do câncer de próstata estão associados a um impacto prejudicial na saúde óssea e na composição corporal. No entanto, as evidências sobre essas questões são limitadas e contraditórias”, observam os autores.