ASH 2023

diego martins ashPesquisadores brasileiros descobrem um novo subgrupo de pacientes com LMA resistente ao tratamento atual e propõem uma mudança na terapia para este grupo, com drogas já utilizadas no mercado. Diego Pereira Martins (foto) é o primeiro autor do estudo destacado no ASH 2023, em análise que descreve um novo subgrupo de pacientes com LMA. Os resultados refinam ainda mais a estratificação dos pacientes e fornecem alternativas de tratamento para o grupo com prognóstico mais sombrio.

alini marco 23Apesar dos avanços no entendimento da importância dos cuidados paliativos para pacientes com malignidades hematológicas, os profissionais responsáveis pelo tratamento ainda demoram para solicitar o envolvimento da especialidade na linha de cuidados. É o que aponta estudo realizado por pesquisadores da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Selecionado como pôster no ASH 2023, o trabalho é fruto da pesquisa de pós-graduação da onco-paliativista Alini Ponte, e tem o hematologista Marco Aurelio Salvino como orientador e primeiro autor.

ibrahim Aldoss lba5A monoterapia com o inibidor de menin revumenib demonstrou resultados clinicamente significativos em pacientes com leucemias agudas KMT2Ar fortemente pré-tratados, incluindo altas taxas de resposta objetiva e de doença residual mensurável negativa. Os resultados são de análise interina do estudo pivotal de Fase 2 AUGMENT-101, selecionado como late-breaking abstract (LBA-5) no ASH 2023. Ibrahim Aldoss (foto), hematologista do City of Hope, é o primeiro autor do trabalho.

sangue venetoclaxO tratamento com ibrutinib + venetoclax guiado por doença residual mensurável melhorou a sobrevida livre de progressão em comparação com o regime FCR (fludarabina-ciclofosfamida-rituximab) em pacientes com leucemia linfocítica crônica. É o que demonstram os resultados do estudo de Fase 3 FLAIR, apresentado no ASH 2023 e publicado simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).

luca laninoEm 2022, a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Classificação de Consenso Internacional (ICC) introduziram mutações genéticas e anomalias cromossômicas em suas classificações distintas de síndromes mielodisplásicas (SMD). Estudo realizado pelo Consórcio Internacional para Síndrome Mielodisplásica (icMDS), adotou uma abordagem baseada em dados e métodos estatísticos para fornecer um roteiro de harmonização entre as duas classificações. Os resultados foram apresentados no ASH 2023 por Luca Lanino (foto), hematologista do Centro Clínico e de Pesquisa Humanitas, em Milão, Itália.

ASH Sangue NET OK 2O tratamento com o anticorpo biespecífico epcoritamab como agente único conferiu taxa de resposta global de 82% e 63% de taxa de resposta completa em pacientes adultos com linfoma folicular recidivante/refratário previamente tratados com duas ou mais terapias. Os resultados são do estudo de Fase 1/2 EPCORE™ NHL-1, selecionado para apresentação em pôster no ASH 2023.

michael wangA combinação de ibrutinibe e venetoclax demonstrou melhoria estatisticamente significativa na sobrevida livre de progressão em comparação com ibrutinibe + placebo em pacientes com linfoma de células do manto recidivante/refratário. Os resultados são de análise primária do estudo de Fase 3 SYMPATICO, selecionado como Late Breaking Abstract (LBA-2) no ASH 2023. Michael Wang (foto), professor na Universidade do Texas MD Anderson Cancer Center, é o primeiro autor do trabalho.

dna sangueAinda existem lacunas em nosso conhecimento sobre causas hereditárias e esporádicas de malignidades hematológicas (MH) e insuficiência da medula óssea (IMO) que impedem o diagnóstico ideal, a vigilância da doença e o tratamento. Estudo destacado no ASH 2023 relatou a descoberta do ERG como um novo gene de predisposição para IMO e MH.

wellington 22 bxEstudo brasileiro selecionado para o ASH 2023 buscou apresentar resultados e identificar fatores prognósticos para a sobrevida de adultos recém-diagnosticados com leucemia linfoblástica aguda de células T (LLA-T), utilizando dados de um estudo multicêntrico de registro de mundo real realizado na América Latina. O hematologista Wellington Fernandes da Silva (foto), médico do ICESP/FMUSP, é o autor sênior do trabalho.

jad othmanO status da doença residual mensurável (DRM) no sangue periférico após dois ciclos de quimioterapia em pacientes com leucemia mieloide aguda (LMA) com mutação de nucleofosmina (NPM1) foi preditivo da melhora na sobrevida após o transplante alogênico de células-tronco (alo-SCT) na primeira remissão completa (CR1). É o que demonstra estudo apresentado por Jad Othman (foto), da NHS Foundation Trust, em Londres, no ASH 2023.

sangue venetoclaxA combinação de ibrutinibe e venetoclax melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão e a sobrevida global em comparação com o regime FCR (fludarabina, ciclofosfamida e rituximabe) em pacientes com leucemia linfocítica crônica sem tratamento prévio. “A eficácia observada no estudo FLAIR apoia a combinação com duração guiada por doença residual mensurável como o novo padrão de tratamento”, afirmaram os autores em apresentação no ASH 2023. Os foram publicados simultaneamente na New England Journal of Medicine (NEJM).