Onconews - ASH 2024

ASH 2024

Análise provisória do estudo randomizado de Fase 3 ECOG-ACRIN EA4151 (LBA 6) mostrou que em uma era de regimes de indução e manutenção altamente eficazes, pacientes com linfoma de células do manto na primeira remissão completa e doença residual mínima indetectável não se beneficiaram do transplante autólogo de células hematopoiéticas de consolidação. EA4151 é um ensaio de quatro braços conduzido pela U.S. National Clinical Trials Network (NCTN) e Blood and Marrow Transplant Clinical Trials Network (BMT-CTN). O hematologista Timothy S. Fenske (foto) apresenta os resultados na Sessão de Late Breaking Abstract do ASH 2024.

A adição de tafasitamab à lenalidomida + rituximabe resultou em melhora clinicamente significativa na sobrevida livre de progressão em pacientes com linfoma folicular recidivante/refratário, representando uma redução de 57% no risco de progressão, recidiva ou morte. “Este estudo é o primeiro a validar a combinação de dois anticorpos monoclonais (anti-CD19 com anti-CD20) no tratamento do linfoma”, destacaram os autores do estudo de fase inMIND, selecionado como Late Breaking Abstract 1 (LBA1) no ASH 2024. Os resultados serão apresentados por Laurie Sehn (foto), professora na Universidade de British Columbia, em Vancouver, Canadá.

Estudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ASH 2024 demonstrou que em uma grande coorte latino-americana de mundo real, pacientes com linfoma difuso de grandes células B com mais de 70 anos ainda não apresentam desfechos clínicos satisfatórios, com metade dos casos não atingindo 5 anos de expectativa de vida após o diagnóstico. O pesquisador Luís Alberto Covas Lage (foto), do Departamento de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), é o primeiro autor do trabalho.

Estudo brasileiro selecionado para apresentação em pôster no ASH 2024 buscou identificar fatores clínicos e laboratoriais que podem prever trombose em pacientes com leucemia aguda, bem como validar escores anteriores e relatar seus perfis clínicos e achados associados relacionados a esses eventos. “Nesta coorte clínica de mundo real, não foi possível identificar parâmetros laboratoriais associados a um risco aumentado de trombose, apesar de sua alta incidência global”, afirmaram os autores. O hematologista Wellington Fernandes da Silva (foto), médico do ICESP/FMUSP, é o autor sênior do trabalho.

Estudo brasileiro avaliou a prevalência, características clínicas, fatores de risco e resultados do envolvimento do sistema nervoso central (SNC) em pacientes com leucemia/linfoma de células T do adulto (ATLL, da sigla em inglês) na América Latina. “Ao contrário de outros subtipos de linfoma, o envolvimento do SNC na ATLL não parece impactar significativamente os resultados, uma descoberta paradoxal que ressalta a complexidade da doença e pode refletir as limitações das opções de tratamento existentes e a ausência de protocolos terapêuticos padronizados”, destacam os pesquisadores. O estudo foi apresentado por Natalia Zing (foto), hematologista da Prevent Senior e da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, na sessão de pôster do ASH 2024.

Liderado pela Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO), projeto de padronização multicêntrico teve como objetivo reduzir a heterogeneidade dos resultados de doença residual mínima na leucemia mieloide aguda entre os laboratórios brasileiros. “Os resultados do projeto ressaltam a necessidade de treinamento contínuo para desenvolver expertise e garantir resultados aplicáveis ​​para a tomada de decisões clínicas”, observaram os autores. Felipe Magalhães Furtado (foto), hematologista na Sabin Medicina Diagnóstica, em Brasília, apresentou os resultados em sessão de pôster no ASH 2024.

Pesquisadores desenvolveram um novo sistema de escore prognóstico para pacientes com linfomas de células T maduras e linfomas de células NK recidivantes e refratários com potencial de facilitar a decisão clínica. Os resultados do consórcio global Peripheral T-Cell Lymphoma (PETAL) foram apresentados em sessão oral no ASH 2024, em trabalho com participação dos pesquisadores brasileiros Eliana Miranda, do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), e Carlos Chiattone (foto), da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP).

Uma grande coorte de pacientes com linfoma de células T periférico demonstrou que o número de envolvimento extranodal é uma ferramenta prognóstica útil e prática para prever a resposta à terapia e os resultados. O estudo foi selecionado para a sessão de pôster do ASH 2024, em apresentação da hematologista Thais Fischer (foto), médica do A.C.Camargo Cancer Center.

Estudo selecionado para apresentação em Sessão Plenária no Congresso da Sociedade Americana de Hematologia (ASH 2024) ressalta o impacto potencial das disparidades socioeconômicas no recebimento de transplante de células hematopoiéticas em pacientes com leucemia mieloide aguda. “Os esforços devem se concentrar em abordar barreiras financeiras, melhorar o letramento em saúde e aprimorar os sistemas de suporte para garantir acesso equitativo a tratamentos que salvam vidas”, destacaram os autores. O estudo tem participação do hematologista brasileiro Bruno Medeiros (foto), professor na Universidade de Stanford.

Estudo brasileiro avaliou o impacto da classificação atualizada da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2022 para leucemia mieloide crônica, que omitiu a definição de fase acelerada, no prognóstico de pacientes tratados com imatinibe na primeira linha. “A omissão não alterou significativamente o prognóstico de nossa coorte em relação à sobrevida global e sobrevida livre de progressão. No entanto, é necessário mais debate, pois doses mais altas de inibidores de tirosina quinase são reembolsadas apenas para a definição "antiga" de fase acelerada”, observam os autores. O trabalho foi selecionado para a sessão de pôster no ASH 2024, em apresentação de Katia Pagnano (foto), do Hemocentro da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP).

Uma maior ingestão de fibras em pacientes após transplante alogênico de células hematopoiéticas está associada a um aumento na sobrevida global e diminuição na incidência cumulativa de doença do enxerto contra o hospedeiro aguda de trato gastrointestinal inferior. Os resultados são de estudo apresentado em sessão oral no ASH 2024. A brasileira Marina Burgos da Silva (foto), pesquisadora sênior no Memorial Sloan Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, é coautora do trabalho.