O aguardado estudo de fase III que confrontou duas drogas-alvo para o tratamento de primeira linha do carcinoma de células renais metastático (mRCC) não conseguiu estabelecer a superioridade de nenhum dos agentes. Embora o axitinibe tenha vencido numericamente o sorafenibe, não há dados suficientes para reivindicar o título de "superior". A sobrevida livre de progressão mediana foi de 10,1 meses para axitinibe, em comparação com 6,5 meses no braço tratado com sorafenibe (HR: 0,77 (IC 95%; p = 0,038).
Isso ficou aquém da taxa de risco prevista, de 0,56. Axitinib alcançou uma taxa de resposta objetiva de 32,3%, em comparação com 14,6% com sorafenibe, em todas as respostas parciais (p = 0,0006). Os dados de sobrevida global ainda não estão concluídos, mas certamente terão importância para determinar o futuro papel da terapia com axitinibe no cenário de primeira linha (Abstract LBA348).
Outro importante trabalho em mRCC apresentado no ASCO GU é o estudo de fase II que avaliou três diferentes combinações de terapias-alvo em comparação com a monoterapia com bevacizumabe. Todos os regimes resultaram em ganhos nas taxas de resposta objetiva em relação à monoterapia (27% a 30% contra 12%), mas nenhuma das combinações melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão em relação ao uso isolado de bevacizumabe (7,3-11,3 meses versus 8,7 meses). Além disso, os efeitos adversos de graus 3 a 5 foram mais frequentes nos regimes bevacizumabe/temsirolimus; bevacizumabe/sorafenibe e sorafenibe / temsirolimus em comparação com bevacizumabe como agente único (70% a 82 % contra 39%). (Abstract 345)
Fontes: J Clin Oncol 32, 2014 (suppl 4; abstr 348) e J Clin Oncol 32, 2014 (suppl 4; abstr 345).