Estudo longitudinal apresentado por Abdenour Nabid (foto) este ano no Simpósio GU concluiu que reduzir a terapia de privação androgênica (ADT, do inglês androgen deprivation therapy) de 36 para 18 meses não afeta os resultados de sobrevida em pacientes com câncer de próstata localmente avançado.
Os dados mostraram que um curso de 18 meses de ADT após a radioterapia foi associado a uma melhoria significativa da qualidade de vida do paciente, sem decréscimo na sobrevida, em comparação com os homens que continuaram a hormonioterapia por 36 meses após a radioterapia.
A avaliação da qualidade de vida incluiu um total de 55 itens, disse Nabid, da Universidade de Sherbrooke, em Montreal, principal investigador do estudo. Os pacientes preencheram o questionário antes de iniciar o ADT; a cada seis meses durante o tratamento; quatro meses depois de completar a privação hormonal e, em seguida, atualizaram os dados anualmente, durante 5 anos. Os resultados mostraram maior pontuação (P = 0,01) entre os indivíduos submetidos a menor período de tratamento, com scores superiores em 14 itens avaliados. (abstract 5)
Fonte: Long-term quality of life in high-risk prostate cancer: Results of a phase III randomized trial. J Clin Oncol 32, 2014 (suppl 4; abstr 5).