Os dados preliminares do estudo com o anti PD-L1 pembrolizumabe (Keytruda®) no tratamento do câncer gástrico avançado foram apresentados em Madri. Os primeiros resultados mostraram uma taxa de resposta global de 31% avaliada pelo RECIST (n = 12/39: 95% CI, 17-47).
Taxas de resposta global semelhantes foram observadas em pacientes asiáticos e não-asiáticos. Os dados são de uma coorte de fase 1b do estudo KEYNOTE-012 e foram apresentados em sessão oral na ESMO por Kei Muro, do Aichi Cancer Center Hospital, em Nagoya, Japão.
O pembrolizumabe é indicado nos Estados Unidos na dose de 2 mg / kg de três em três semanas para o tratamento de pacientes com melanoma irressecável ou metastático que progrediram ao ipilimumabe e, nos casos com a mutação V600, também aos inibidores de BRAF. A aprovação pelo FDA se deu em regime prioritário, com base na taxa de resposta tumoral e na duração da resposta.
Agora, o anti PD-L1 mostra resultados encorajadores também no câncer gástrico avançado. O KEYNOTE-012 apresentou em Madri os primeiros resultados do uso de pembrolizumabe em monoterapia na dose de 10 mg / kg em pacientes com câncer gástrico avançado, em tumores com avaliação imunohistoquímica positiva para a expressão PD-L1 positiva (n = 39). A maioria dos pacientes havia recebido duas ou mais linhas anteriores de tratamento.
No estudo, a redução do tumor foi demonstrada em 41% dos pacientes, por critérios RECIST (v1.1). Os eventos adversos foram consistentes com os dados de segurança anteriormente relatados para o pembrolizumabe.
Além deste estudo, o pembrolizumabe demonstrou na ESMO atividade clínica em vários tipos de câncer - melanoma, câncer de pulmão não-pequenas células (CPNPC), câncer urotelial e carcinoma espinocelular de cabeça e pescoço.
Referência: Resumo # LBA15 - A Phase 1b Study of Pembrolizumab (Pembro; MK-3475) in Patients (Pts) With Advanced Gastric Cancer