Pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) ou com linfoma de células do manto (LCM) têm prognóstico pobre. Nessa população de pacientes, o estudo RESONATE demonstrou os benefícios do ibrutinibe, o primeiro inibidor covalente da tirosina quinase de Bruton (BTK). Este estudo multicêntrico de fase III avaliou a eficácia da monoterapia com ibrutinibe na comparação com o anticorpo anti-CD20 ofatumumabe.
Foram selecionados 391 pacientes, randomizados aleatoriamente para receber ibrutinibe ou ofatumumabe. Depois de um período de seguimento de 9,4 meses, ibrutinibe melhorou significativamente a sobrevida livre de progressão (SLP). Não houve progressão da doença no braço tratado com ibrutinibe, enquanto a SLP foi de 8,1 meses com ofatumumabe ([HR], 0,22; P <0,001). Ibrutinibe também melhorou significativamente a sobrevida global (HR, 0,43; P = 0,005).
Os dados do RESONATE mostram que os benefícios foram observados independentemente da deleção 17p e que o agente foi bem tolerado.
“É a primeira droga a atuar nessa via de sinalização e vem trazendo resultados nunca antes vistos”, diz o oncohematologista Carlos Chiattone.