O estudo FIRST mostrou em San Antonio a superioridade do fulvestrano em relação ao anastrozol em pacientes com câncer de mama avançado com receptores hormonais positivos.
"Descobrimos que o fulvestrano é significativamente melhor para as mulheres com câncer de mama avançado comparado à terceira geração de inibidores de aromatase (anastrozol), disse John Robertson, da Universidade de Nottingham, no Reino Unido.
Agora, diante dos resultados encorajadores do FIRST, os pesquisadores querem aprofundar as investigações. “Apesar do ganho de sobrevida global, o FIRST não deve mudar o padrão de tratamento", explicou Robertson ao esclarecer que um novo trial, o FALCON, deve apoiar a aprovação de fulvestrano como um agente de primeira linha nesta configuração.
Métodos e resultados
O FIRST, iniciado em 2006, foi um estudo randomizado, aberto, que envolveu 205 mulheres com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo, de 62 centros de investigação. Os pacientes foram aleatoriamente divididos em dois braços para receber fulvestrano 500 mg (102 pacientes) ou anastrozol (103 pacientes) como terapia de primeira linha.
A partir de julho de 2014, foi possível obter informações sobre 170 pacientes: 33 estavam vivos e 137 morreram. Fulvestrano demonstrou ganho de sobrevida na comparação com anastrozol (54,1 meses versus 48.4).
Os dados mostram que pacientes que tomaram fulvestrano tiveram 30% menos probabilidade de morrer da doença comparados com aqueles que tomaram anastrozol. Os eventos adversos foram semelhantes nos dois grupos.
O estudo foi financiado pela AstraZeneca.
Referências:
Número de Publicação: S6-04
Fulvestrant 500 mg versus anastrozol como tratamento de primeira linha para câncer de mama avançado: overall survival from the phase II ‘first’ study