Os resultados do ensaio de fase Ib para avaliar a eficácia e segurança do pembrolizumabe em pacientes com câncer de mama triplo-negativo metastático foram apresentados no SABCS e demonstraram que a droga foi bem tolerada e produziu respostas duradouras.
"Observou-se que 18,5% dos pacientes com câncer de mama triplo negativo expressaram PD-L1 e tiveram resposta à terapia", disse Rita Nanda, diretora do Programa de Oncologia Médica da Universidade de Chicago. "Pembrolizumabe foi bem tolerado, com um perfil de efeitos colaterais administrável", esclareceu a especialista.
"Atualmente, não existem terapias-alvo aprovadas para tratar câncer de mama metastático triplo negativo e a mediana de sobrevida é de aproximadamente um ano", acrescentou Nanda. "É muito emocionante ver a atividade promissora de pembrolizumabe em tumores triplo-negativo com expressão de PD-L1. Agora, é aguardar por uma investigação mais aprofundada".
Métodos e resultados
Ao todo, 32 pacientes de 29 a 72 anos foram recrutadas para este estudo multicêntrico, não-randomizado, todas com câncer de mama triplo-negativo metastático que tiveram recaída após ou durante o tratamento. As pacientes receberam infusões intravenosas de 10 mg por kg de pembrolizumabe, a cada duas semanas.
Os desfechos primários deste estudo foram determinar a segurança, tolerabilidade e atividade antitumoral.
Na análise final, cinco pacientes apresentaram eventos adversos de grau 3 a 5 relacionados com a droga. Após uma revisão central, 27 pacientes apresentavam melhor resposta global, uma paciente teve resposta completa (RC), quatro tiveram resposta parcial (RP) e sete tiveram doença estável. Doze pacientes tinham doença progressiva e três interromperam a terapia antes da primeira análise, devido à evolução clínica.
Referências
A phase Ib study of pembrolizumab (MK-3475) in patients with advanced triple-negative
