Onconews - Impacto na prática clínica

ON14_PG13_REVIEW_ESMO_OPCAO2_NET_OK.jpg

A imuno-oncologia esteve em pauta no Congresso da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO 2016) com resultados no câncer de cabeça e pescoço metastático (CHECKMATE 141), novos dados em melanoma (EORTC 18071) e câncer de pulmão (KEYNOTE 024 e KEYNOTE 021).

Outro destaque foi para o estudo de fase III FALCON, que comparou fulvestranto com anastrozol em pacientes com câncer de mama avançado ou metastático, irressecável, ER-positivo, HER2-negativo, sem terapia hormonal prévia. Após um acompanhamento médio de 25 meses, pacientes tratados com fulvestranto apresentaram uma melhoria estatisticamente significativa de 21% na sobrevida livre de progressão (SLP) em comparação com aqueles que receberam anastrozol (16,6 vs 13,8 meses, (HR 0,797; p=0,0486). O benefício foi maior em mulheres com doença menos agressiva e de menor volume. Ainda em câncer de mama, a primeira análise do estudo MONALEESA2 demonstrou que a adição do inibidor de CDK4/6 ribociclib à terapia com letrozol no tratamento de primeira linha melhorou em 44% a SLP em mulheres na pós-menopausa com câncer de mama avançado receptor hormonal positivo.
 
Promessa
 
O estudo de fase III ENGOT -OV16/NOVA também atraiu atenções nesta 41o ESMO. O ensaio alcançou o objetivo primário e demonstrou benefícios do inibidor de PARP niraparib no câncer de ovário recorrente sensível à platina. A SLP mediana com niraparib na comparação com placebo foi de 21,0 meses versus 5,5 meses no grupo com mutação BRCA da linhagem germinativa (HR 0,27, p <0,0001), de 9,3 meses versus 3,9 meses no grupo com mutação BRCA não-germinativa (HR 0,45, p <0,0001) e de 12,9 meses vs 3,8 meses em um subgrupo da coorte sem mutação, mas com deficiências nos genes de reparo do DNA (HR 0,38, p <0,0001).