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ASH 2018

maiolino ash2018Angelo Maiolino, professor de hematologia da UFRJ e Coordenador de Hematologia do Americas Centro de Oncologia Integrada no Rio de Janeiro, fala das novidades da ASH 2018 para o tratamento do mieloma múltiplo. “Para pacientes não candidatos ao transplante, o estudo Maia mostrou ganho de sobrevida muito expressivo para pacientes tratados com daratumumabe. É o primeiro anticorpo monoclonal anti CD-38 incorporado ao tratamento inicial, mostrando que boa parte dos pacientes alcança doença residual mínima negativa”, sinaliza. Estudos preliminares com terapias CAR T-Cells também apresentam dados encorajadores em pacientes politratados. Assista.

Stephan Grupp ASH2018 NET OKUma infusão única de tisagenlecleucel em pacientes pediátricos e jovens adultos com leucemia linfocítica aguda (LLA) recidivada ou resistente ao tratamento continua a ser altamente eficaz no combate ao câncer na maioria dos pacientes, sem a necessidade de terapias adicionais. A atualização dos resultados do estudo ELIANA, com quatro pacientes adicionais e mais um ano de follow-up, foi apresentada na ASH 2018 por Stephan A. Grupp (foto), do Hospital Infantil da Filadélfia.

tabacof baiocchi ash2018Na 60ª edição da ASH, Jacques Tabacof e Otavio Baiocchi debatem o cenário do linfoma difuso de grandes células recidivado ou refratário e as inovações apresentadas no congresso. Um dos destaques foi o estudo que mostrou benefícios da adição do anticorpo conjugado polatuzumabe-vedotina + bendamustina + rituximabe nessa população de pacientes. Os resultados da adição de polatuzumabe-vedotina mostram taxa de resposta de 40% versus 18% em favor do tratamento com o anticorpo conjugado. Outro highlight da ASH 2018 nesse cenário foi o estudo de vida real com a terapia CAR T-Cell (Axi-cel). “O estudo mostrou que o efeito da CAR T Cell independe da idade, tanto em eficácia, quanto no perfil de toxicidade”, comenta Baiochi. Assista.

RICHARD MAZIARZ ASH2018 NET OKUma análise atualizada do estudo JULIET mostrou que 19 meses após os pacientes com linfoma difuso de grandes células B recidivado ou refratário terem sido tratados com uma dose única de tisagenlecleucel, as taxas de resposta elevadas persistem. A atualização foi apresentada por Richard Thomas Maziarz (foto), médico do Instituto de Câncer Knight da Oregon Health & Science, em Portland, e principal autor do estudo, e os resultados foram publicados simultaneamente no New England Journal of Medicine.

fabio santos ash2018Fabio Santos, hematologista do Hospital Israelita Albert Einstein e da BP Mirante fala sobre os resultados do pôster que apresentou na ASH 2018, avaliando o impacto prognóstico de mutações nos genes NRAS e KRAS em pacientes com mielofibrose primária e secundária. O estudo de coorte considerou dados de sequenciamento de última geração (NGS) de mais de 700 pacientes com mielofibrose. “As mutações nesses dois genes foram observadas em cerca de 6% dos pacientes e estiveram associadas a um perfil clínico e genético peculiar, de mau prognóstico”, explica Santos. Em vídeo para a TV Onconews, ele apresenta os principais resultados do estudo e um novo modelo prognóstico. Assista.

perini alan ash2018Na TV Onconews, os hematologistas Guilherme Perini, do Hospital Albert Einstein, e Alan Skarbnik, diretor de doenças linfoproliferativas da Novant Health, analisam a chegada de novas terapias em primeira linha no tratamento da Leucemia Linfocítica Crônica. “Um dos trabalhos da ASH 2018 selecionado para sessão plenária avalia ibrutinibe, rituximabe e bendamustina como primeira linha em pacientes sem deleção do cromossomo 17p ou deleção do p53. Os resultados indicam que ibrutinibe como agente único mostrou diferença significativa na sobrevida livre de progressão. O segundo trabalho é do grupo colaborativo ECOG-ACRIN que comparou ibrutinibe mais rituximabe versus FCR no tratamento de LLC. Os dados mostram ganho de sobrevida com ibrutinibe”, diz Alan. Assista.

VIOLA ASH2018 NET OKEstudo apresentado na ASH 2018 sugere que para pacientes mais jovens com linfoma difuso de grandes células B de baixo risco, quatro ciclos de quimioterapia são tão eficazes quanto seis ciclos na erradicação do câncer e prevenção da recidiva. “Nosso estudo mostrou que você pode poupar dois ciclos de quimioterapia e ser igualmente eficaz. Acreditamos que este será o novo padrão de tratamento para essa população de pacientes”, disse Viola Poeschel (foto), médica da Saarland University Medical School em Homburg/Saar, Alemanha, e principal autora do estudo. Viola apresentará o trabalho durante sessão oral na segunda-feira, 03 de dezembro.

Jordan Gauthier ASH2018 NET OKPara pacientes com leucemia linfocítica crônica (LLC) difícil de tratar, receber a terapia-alvo ibrutinibe antes, durante e depois do tratamento com CAR T-cells pode estar associado a efeitos adversos menos graves e melhores respostas. "Os resultados sugerem que a combinação de ibrutinibe com terapia de células CAR T pode levar a melhores resultados, melhorando a eficácia e reduzindo a toxicidade", disse o principal autor do estudo, Jordan Gauthier (foto), do Fred Hutchinson Cancer Research Center, em Seattle.

Jennifer Woyach ASH2018 NET OKUm novo estudo demonstrou que pacientes idosos com leucemia linfocítica crônica (LLC) apresentam taxa significativamente menor de progressão da doença se tratados com a terapia-alvo ibrutinibe em vez do tratamento com bendamustina e rituximabe. Publicado simultaneamente no New England Journal of Medicine (NEJM), o estudo é a primeira comparação direta entre esses regimes de tratamento, e também sugere que adicionar rituximabe ao ibrutinibe não agrega benefícios além daqueles observados com ibrutinibe isolado. Os dados serão apresentados por Jennifer A. Woyach (foto), do Ohio State University Comprehensive Cancer Center, domingo, 02 de dezembro, durante a sessão plenária da ASH 2018.

Alan List ASH18 NET OKUm estudo clínico de fase III mostrou que a droga experimental luspatercept reduziu significativamente a necessidade de transfusões de sangue em pacientes com síndrome mielodisplásica de risco baixo, muito baixo ou intermediário com sideroblastos em anel. O hematologista Alan F. List (foto), do Moffitt Cancer Center, apresenta os resultados do estudo MEDALIST domingo, 02 de dezembro, na sessão plenária do ASH 2018, em San Diego, Califórnia.